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Servidores Públicos Federais fecham a entrada do Ministério do Planejamento por dez horas

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Pessoal, compartilho essa informação importante e histórica para o movimento de greve de servidores públicos federais. Como o ataque do governo a direitos dos servidores é generalizado a todas as carreiras de servidores públicos, os aliciamentos governamentais de negociação classe a classe, setor a setor estão sendo negados pelas 29 categorias em greve. Os servidores querem negociação de adequação remuneratória para todo os serviço público para somente depois negociar especificidades.

Servidores pedem reajuste inflacionário, isonomia remuneratória, realização de mais concursos públicos e estruturação de Planos de Cargos e Salários para várias carreiras que ainda não os possuem e reestruturação de Planos de Cargos e Salários, ainda, para as carreiras que já os possuem.

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Veja detalhes dessa movimentação histórica e que será provavelmente agredida pela mídia de alguma forma, com o objetivo de desprestigiar os servidores e deslegitimar o bonito ato conjunto de resistência à desestruturação do Estado nas palavras já publicadas pela FENAJUFE conforme abaixo:

Servidores bloqueiam Planejamento por dez horas e são recebidos pelo governo

Bloqueio de dimensão inédita na história das lutas dos servidores
mostra que greve tem fôlego; governo diz que estuda contrapropostas
Servidores públicos federais em greve bloquearam a entrada do
Ministério do Planejamento por dez horas na quinta-feira (19), dia
seguinte à marcha da categoria e de estudantes que reuniu cerca de 20
mil pessoas nas avenidas de Brasília. A ação levou o
secretário-executivo da pasta, Valter Correia da Silva, a receber uma
comissão com representantes das entidades sindicais e a declarar,
embora em tom dúbio, que está em estudo contrapropostas às
reivindicações de outros setores do funcionalismo, não apenas docentes
e militares. Os grevistas disseram que o governo de Dilma Rousseff tem
que negociar com o conjunto das categorias.
O bloqueio à entrada do Bloco K do ministério, onde fica o gabinete da
ministra Miriam Belchior, foi total. A operação, de características
consideradas inéditas na história das lutas do funcionalismo, começou
por volta das 5 horas da manhã. A Polícia Militar tentou intervir, mas
acabou se limitando a fazer um novo cordão de isolamento sobre o
bloqueio, estabelecendo, assim, um duplo cerco às entradas do
ministério.

Música e ironia

Não há registro de incidentes. Tampouco reação dos servidores do
local, que ainda não aderiram à greve nacional, ao obstáculo que
encontraram ao chegar ao trabalho. Segundo relatos, eles disseram
compreender os motivos da manifestação – aumentar a pressão para que o
governo aceite dialogar e negociar de fato com o conjunto do
funcionalismo – e não forçaram a entrada. Os manifestantes cantavam
paródias de sucessos musicais para quem chegada ao trabalho: “Hoje é
seu dia folga, hoje é seu dia de folga, ninguém vai trabalhar, se o
governo não negociar”, era uma delas. A estimativa é que mil
servidores tenham se revezado no ato ao longo da manhã e início da
tarde.
Com a polícia bem menos agressiva do que na véspera, quando gás de
pimenta chegou a ser lançado contra alguns manifestantes, o ato
transcorreu tranquilo e até irônico. “Ui, que delícia, fechamos a
porta com a ajuda da polícia”, cantarolavam os servidores, numa
referência ao cordão de isolamento também estabelecido pela PM. Desde
segunda-feira (16), servidores em greve estão acampados nos gramados
da Esplanada dos Ministérios. O acampamento será encerrado nesta
sexta-feira (20), após plenária do Fórum Nacional das Entidades dos
Serviços Púbicos.

Cadê a secretária?

A comissão de negociação foi recebida à tarde, após muita insistência
dos manifestantes, pelo secretário-executivo, segundo nome da pasta, e
pelo secretário de Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça, designado
pelo Planejamento para coordenar as negociações com servidores. Logo
no início da reunião, porém, uma situação inusitada expôs a dimensão
do bloqueio: a secretária que acompanharia a reunião não conseguira
entrar no prédio. A solução foi um policial subir até o gabinete para
que, junto com um integrante da comissão de negociação – no caso David
Lobão, do Sinasefe, das escolas técnicas federais – descesse à
portaria para permitir a entrada da secretária.
Participaram da reunião representantes das três centrais sindicais que
integram o Fórum Nacional – Paulo Barela (CSP-Conlutas), Paulo
Henrique dos Santos (CUT) e João Paulo Ribeiro (CTB) –, a estudante
Luiza Carrera, pelo Comando Nacional de Greve dos Estudantes, e
algumas entidades nacionais: Davi Lobão (Sinasefe), Josevaldo Cunha
(Andes-SN), Maurício Scotelaro (Condsef) e Janine Vieira (Fasubra). Os
trabalhadores reafirmaram a pauta unificada de reivindicações, com a
defesa da data-base e do reajuste linear dos salários, sem detrimento
das negociações específicas. “Colocamos que o governo tem que inverter
a forma de negociação, ter uma política salarial para ao funcionalismo
geral, depois descer até as [questões específicas]”, disse à
reportagem Paulo Barela.
Questionado, o secretário-executivo disse que o Planejamento avalia
possíveis contrapropostas a outros setores do funcionalismo além dos
docentes das universidades, que caminham para rejeitar o que foi
oferecido pelo governo. Não disse, porém, quais seriam estes setores e
tampouco deu certeza de nada. “Dizem que estão estudando, que podem
apresentar, mas também podem não apresentar. Não [disseram] nada de
concreto”, avaliou Barela.
O governo reafirmou o prazo de 31 de julho para entregar aos
servidores números sobre as margens orçamentárias que o Planalto
admitiria negociar. A novidade é que, agora, eles não falam mais que
isso acontecerá no dia 31, mas até o dia 31, podendo, portanto, nas
palavras do governo, ocorrer antes. Os secretários disseram que, com
isso, haveria 30 dias para que desenvolver as negociações, até o prazo
final de envio da proposta orçamentária da União ao Congresso
Nacional, em 31 de agosto.

Volta para casaA plenária desta sexta-feira (20), em Brasília, tem caráter mais
organizativo. A greve vai continuar e, provavelmente, deve ser
aprovado um novo dia nacional de protestos: 2 de agosto, com atos nos
estados que busquem reunir, além do funcionalismo, a juventude e
trabalhadores do setor privado.
O clima entre os manifestantes é de a greve sai fortalecida desta
jornada de mobilizações nacionais – marcadas por um bloqueio no
Planejamento que deverá entrar para história das lutas dos servidores
públicos federais no país.
Por Hélcio Duarte Filho
(com a Agência de Notícias Andes)
Luta Fenajufe Notícias
Jornal do Judiciário”

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