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Revista de junho de 2014 (os últimos trinta dias): Petrobrás e contratação direta, “Mais médicos” e o desafogamento de hospitais e Europa persegue aumento de inflação

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Durante este período de Copa está difícil parar para dedicação normal à produção de informação para o Blog. Está difícil por que somos brasileiros e estamos no grupo que torce a favor do Brasil (esperamos levar o o Hexa!!)  a favor do sucesso de todo o empreendimento da Copa, já que somos anfitriões desta festa mundial.

Muitos temas interessante ocorreram durante este junho e vamos citar alguns aqui com destaque, sem muito aprofundamento, para garantir que pelo menos você tenha essa informação que não estão tendo grande destaque que consideramos adequado na grande mídia.

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Petrobrás e a contratação direta de extração de petróleo – Foi encontrado um número gigantesco de excedente de petróleo em bacias sob a administração/exploração da Petrobrás sob o regime de partilha. São quase 15 bilhões de barris de óleo excedente!!! Como o contrato anterior previa um pagamento de partilha em barris de óleo para o governo, havendo excedente, deve haver a compensação do direito a explorar esse excedente. Como as áreas estavam sob operação da Petrobrás, seria difícil passar para outras empresas através de licitações normais de blocos, pois o excedente destes quatro campos eram em blocos já repassados à Petrobrás ou em seu entorno muito próximo. É óbvio que essa situação gerou uma situação confortável para o governo, que pode cobrar adiantado da Petrobrás pelo direito de exploração desse excedente, ajudando a fechar contas públicas.  Mas em uma extensa informação publicitária no Jornal do Commercio, na página A-9 do dia 30/06/2014, que pretendemos transcrever em breve a vocês, a Petrobrás explica as vantagens da transação para a Petrobrás que teve adicionado, sem necessitar de participar de processo licitatório, quinze bilhões de barris de óleo a serem retirados a partir de 2020, sendo que até o momento houve aproveitamento de 100% de todas as perfurações na região (dezessete perfurações) e retirada de óleo de qualidade. Ela informa que o impacto financeiro é mínimo, tanto dos 2 bilhões de reais a serem pagos esse ano, como dos outros 13 bilhões de reais a serem pagos até 2018, eis que o aumento absurdo de produção de petróleo desde janeiro de 2014 (sim esse mesmo ano corrente) providenciará todos os valores necessários sem ser necessário mexer na planilha financeira já fixada pela Petrobrás para investimentos até 2020. Esse acréscimo de reserva de óileo para a Petrobrás ainda gerará a necessidade de contratar mais navios e sondas, o que, como a contratação é em grande percentual nacional, gerará mais empregos para a indústria naval brasileira. Gente, contrariamente o que a grande mídia publicou, isso não desestimula a área privada, que não deixará de pagar por blocos no pré-sal ou pós-sal, e foi bom para a empresa, assim como, realmente, foi muito bom para o governo e par as contas públicas… pena para a oposição, mas para o brasileiro está tudo bem, segundo nossa perspectiva.

“Mais Médicos” desafoga hospitais – Acesse hoje a matéria do Jornal do Commercio sobre informações altamente positivas sobre o “Mais Médicos” em http://www.jcom.com.br/noticia/149232/Dilma_Programa_Mais_Medicos_supera_meta_e_beneficia_50_milhoes_de_brasileiros
A informação, em suma, é de que o programa está em 3.819 cidades, atendendo a todos os pedidos de todas as prefeituras do Brasil, atingindo uma cobertura de atendimento de 50 milhões de brasileiros que antes tinham de ir às cidades vizinhas para serem atendidos, às vezes de barco, às vezes a pé. Esse atendimento foi responsável por uma diminuição de demanda nos hospitais das regiões próximas em até 21%!! Isso é fantástico. São atualmente mais de 14 mil médicos, o que , somente com remuneração a R$10 mil reais por médico, significa um aumento do investimento em saúde no valor de 140 milhões de reais mensais ou 1,68 bilhão de reais anuais para a saúde. A despeito das resistências múltiplas ao programa.. parece que os resultados são altamente satisfatórios.. e com certeza será explorado na campanha da re-eleição da Dilma.. com mérito, a nosso ver. Apoiamos o Programa Mais Médicos, a despeito de problemas de forma do mesmo.

Europa Persegue aumento de inflação – Ainda neste mês de junho de 2014 foi publicado no Jornal  O Globo, sem o devido destaque, segundo nosso entendimento, que a Europa agora, logo após o Japão fazer o mesmo, debate a persecução de uma inflação maior. O problema é que a austeridade imposta na Europa não está ajudando nem o crescimento econômico e nem a criação de empregos e taxas de dois dígitos de desemprego exigem grandes gastos com assistência social ou previdenciário. Assim, europeus pretendem perseguir uma meta maior de inflação para tornar possível um crescimento econômico maior e mais rápido, para diminuir o desemprego e os custos socais do mesmo. Nós do Blog já tínhamos chamado a atenção para o erro do exagero de austeridade, que gera a exposição da qualidade de vida do cidadão europeu comum, mas que garante baixos índices de inflação, protegendo a riqueza de quem a tem. Nada contra a riqueza. Aliás, tudo a favor. Mas deve haver uma discussão dialética sóbria sobre qual a medida de equilíbrio aceitável entre a defesa de patrimônio financeiro, com inflação baixa, e a defesa da qualidade de vida de cidadãos, que precisam de emprego, mesmo que exija um pouco mais de inflação. Japoneses e europeus já concluíram isso, a favor de mais inflação… quanto tempo precisaremos para entender o mesmo? O Blog Perspectiva Crítica é aliado do controle da inflação, sempre. Mas exige a coragem dos agentes de mercado, do governo e da sociedade, para discutir o equilíbrio entre inflação, juros públicos, emprego e crescimento econômico para a defesa de um desenvolvimento econômico que gere o máximo de benefício social possível, o que é impossível sem empregos.

p.s. de 04/07/2014 – texto revisado e ampliado.

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