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Política de Energia Nuclear: por autonomia brasileira em saúde, tecnologia e também em energia

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Você sabia que há milhares de brasileiros que precisam de atendimento médico e muitos exames e atendimentos médicos precisam de substâncias nucleares? Você sabia que quando o Canadá, em 2009 ou 2010, teve um problema na produção e comercialização desses produtos nucleares com fins medicinais, deixou de vender a nós e milhares de brasileiros ficaram sem, por exemplo, poder dar continuidade a seu tratamento de câncer?

Você sabia que a tecnologia nuclear também é utilizada na agricultura? Você sabia que os EUA não tem menos de 104 usinas nucleares e que a França tem outras 58, o Japão tem 54 e a Alemanha 20, mais ou menos? Você sabia que a energia nuclear é a que menos emite poluentes? O grande problema são os dejetos, sem dúvida, mas que ocupa-se pequeno espaço para a quantidade de energia criada? Não é necessário alagar nenhum terreno, floresta ou mudar curso de água e não tem emissão de carbono como as usinas térmicas? Sabia que a energia nuclear termina sendo mais barata que a eólica e a solar, por Megawatt produzido?

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Gente, olhe bem, não estou fazendo apologia do uso da energia nuclear. Quero apresentar um contraponto que não vejo e mostrar uma única coisa: nós temos de dominar a energia nuclear para o bem e autonomia medicinal, energética e tecnológica brasileira.

Nós não precisamos de centenas de usinas nucleares, como os americanos, nem de dezenas delas como os alemães e franceses, mas precisamos de um número mínimo para gerar mercado autônomo brasileiro, sustentável, de produção de urânio enriquecido para não ficarmos excluídos de um setor da tecnologia mundial, para termos autonomia no tratamento de brasileiros através de medicina nuclear, para termos acesso à tecnologia da agricultura nuclear, para termos opção energética e para podermos manter funcionando nossos futuros submarinos nucleares.

Temos de criar um mini sistema econômico-produtivo nuclear que exija formação de técnicos e engenheiros, para que tenhamos esse núcleo produtivo no Brasil. A preocupação verde é linda e importante. Concordo. Mas não podemos sacrificar a saúde de brasileiros dependendo de urânio do Canadá. Isso é brincadeira. E os brasiliros que precisarem de tratamento hiperavançado não podem tomar chá de boldo!!

É muito simplista a oposição à construção de usinas nucleares brasileiras. A aplicação da tecnologia nuclear vai muito além de militar e energética, por si só, e nós não podemos abdicar desses conhecimentos e desses bens e tecnologias para a vida do brasileiro, para nosso desenvolvimento tecnológico autônomo, para opções de energia elétrica e para opções de tratamentos médicos, agricultura e ainda para manutenção autônoma de nossos futuros submarinos nucleares.

Verde sim!! Mas tapado, piegas e irresponsável não, por favor.

p.s.: Convém a leitura do livro “A Segunda Chance do Brasil – a caminho do primeiro mundo”, de Lincoln Gordon, Editora Senac. Nele você obtém alguns gráficos evidenciando os consumos de energia elétrica do Brasil e países desenvolvidos, em correlação com a evolução dos respectivos PIBs. Não há crescimento econômico sem crescimento de produção e consumo de energia elétrica, gente. Precisamos de hidrelétricas até onde seja possível, precisamos de algumas usinas nucleares e precisamos de algumas usinas térmicas para emergência, até o dia em que a energia eólica, de biomassa e a solar (ou novas fontes de energia) possam substituir as outras fontes em preços razoáveis para o mercado produtivo e para o consumidor individual. Quem fala messianicamente contra a enrgia nuclear e a hidrelétrica e não apresenta saída para a necessidade de geração de energia barata e limpa para o País está ingênuo demais ou está brincando de casinha. Eu sei que muita gente gostaria de morar em casas de sapê, mas outros que já moram gostariam de ter emprego para viver bem, com acesso a produtos de higiene, alimentos e bens de consumo da nossa atual sociedade. Isto só é possível com geração de emprego, que só é possível com crescimento econômico, que só é possível com aumento de geração de energia elétrica. Sejamos responsáveis com todos os brasileiros. Minhas palmas para o James Cameron (assim como aos verdes que sejam marketeiros e descomprometidos com a realidade) ficam só para a área do cinema, e feito em Hollywood, bem longe da Floresta Amazônica Brasileira, por favor. Fico do lado dos verdes responsáveis e conscientes.

p.s. 07/06/2011: sobre agricultura nuclear acesse: http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2003/12/22/525948/energia-nuclear-na-agricultura.html

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