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Palocci e Fernando Haddad: os calcanhares de Aquiles do Governo Dilma

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Acabei de ver uma notícia no Globo1.com de 07/06/2011, às 23:10h, de que Palocci sairá da Chefia do Gabinete Civil.

Pessoal, eu entendo que o Governo queira defender seu Ministro. Eu entendo que a movimentação de valores e a consultoria tenha sido dada por Palocci quando não estava em cargo público. Mas sua notoriedade no País pela proximidde com o Governo do PT é muito grande. E o valor de mais ou menos 7 milhões recebidos em contraste com a declaração de faturamento da empresa pagante no valor de pouco mais de 20 milhões de reais no ano passado (2010) acaba dando uma impressão pelo menos surpreendente sobre a importância dos serviços de consultoria prestados, na hipótese.

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Não haver prenúncio de crime, como o Procurador Geral da República afirmou, não quer dizer que o caso não seja sensível e não afastada definitivamente a hipótese de improbidade. Então, nesse caso, é correto que o Palocci se afaste. A condenação política é mais rápida e prescinde de maiores formalidades do que a condenação criminal, administrativa ou cível.

Não há motivo para se manter Palocci em cargo tão proeminente às custas da credibilidade e imagem do Governo de Dilma. Depois, se tudo se esclarecer, não haverá problema em voltar mais uma vez. Mesmo com a história complicada de Palocci.

A oposição teve uma boa movimentação. Derrubou um grande Ministro do Governo Dilma. É a estratégia de comer pelas beiradas. Não dá para atacar o Governo, então tem que bater onde está fraco. Mas isso é legítimo e é bom para o País. Se não foi possível sustentar Palocci, melhor retirá-lo e seguir em frente.

Agora, nossa míope oposição não vê as atrocidades que vêm ocorrendo na pasta de educação. Claro, é uma pasta desprestigiada, sem tantas verbas, apesar de ter aumentado seu orçamento. Mas está esquecendo esta parte fraca do Governo Dilma.

“Kit gay” para crianças de onze anos, inclusão automática de crianças deficientes em turmas regulares, livro com erro de português por determinismo político e falhas no Enem. São vários erros graves, com repercussão social, mas a oposição nada faz. Ninguém cobra nada de Fernando Haddad.

Acho estranho. Ou há interesses econômicos nesses erros da política educacional, que coopta os representados da oposição, ou é muito desprestígio da pasta, podendo ainda ser a hipótese do receio da oposição em bater em ações educacionais de cunho populista. Mas nesta última hipótese, a oposição está caindo no mesmo erro em embarcar na política populista de oferecer aumento estapafúrdio de salário mínimo, 13º do Bolsa Família e aumentos insustentáeis para os aposentados (promessas patéticas de Serra): perde a chance de marcar posição, apontar erro, adota posição que entende mais característica do seu opositor e seus eleitores (mais um erro de percepção) e perde personalidade e identidade.

A área econômica está dominada muito bem pelo PT. Sua política é perfeita, a meu ver. Por favor, então, pelo bem da dialética, pelo bem do País, batam no que é possível: batam hoje no Ministério de Educação. E PT, partido cuja existÊncia é divisor de águas da política brasileira, não espere a oposição tomar atitude. Demita o segundo escalão do MEC que está acabando com a imagem do Governo do PT em todo o País e faça mais uma vez o que o partido vem fazendo tão bem: antecipe-se à oposição, arrume a casa e deixe a oposição sem qualquer meio de atacar.

Meu objetivo não é que um partido vença ou o outro. Meu objetivo é somente garantir sempre o melhor para os cidadãos brasileiros. Já que Palocci vai sair, hoje o problema do Governo do PT é o Ministério da Educação e o Fernando Haddad.

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