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Moody’s e a defesa de mercado de bancos europeus e americanos

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Em notícia hoje, 28/06/2012, no Globo On line está publicado que a Moody’s baixou a nota de vários bancos brasileiros em até três níveis de uma vez. Como? Alegam que há grande exposição dos bancos aos titulos de dívidas brasileiras.

Gente, me desculpa. Bancos brasileiros serem cortados em três níveis de uma vez? Se está certo o novo rating, isso não indicaria que o rating estava muito errado? E se estava, porque agora está avaliado certo?

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Por outro lado, como baixar o rating de bancos brasileiros dessa forma, se o sistema bancário brasileiro é possivelmente o melhor, mais líquido e mais sólido no mundo atual? E como a exposição a títulos da dívida soberana brasileira é ruim se o Brasil é o País com menor relação dívida/pib entre os países europeus, americanos e japoneses.

Pessoal, é evidente que isso é para proteger os bancos europeus, americanos e japoneses de transferência dos valores para as contas mais garantidas dos bancos brasileiros que hoje são os melhores do mundo.

Isso é para vocês verem que todo o sistema de avaliação de crédito é uma ficção e é ridículo. Temos de ter agências brasileiras de avaliação de rating. É isso é ponto.

Há alguns fatos que justificariam um corte de um nível, mas não de três em hipótese nenhuma, ainda mais em comparação com o que ocorre na Europa, EUA e Japão. O corte foi político e não técnico. Tenham certeza.

p.s.: Para não dizerem que não toquei nas justificativas de eventual corte de rating, a recente onda de diminuiçãode juros bancários cobrados reflete na lucratividade dos bancos, além de que a crise financeira está repercutindo em menor crescimento do pib brasileiro e isso repercutiria na capacidade de arrecadar e pagar títulos da dívida pública. De mesmo modo, o crescimento da relação dívida/privada brasileira em função do crescimento do endividamento das famílias aliado ao aumento de calote individual de dívidas repercuteem mais risco aos bancos brasileiros. Mas isto está acontecendo de forma exponencialmente pior na Europa, EUA e Japão. O que ocorre aqui é nada em relção ao que ocorre lá. POr isso não se justifica o corte. Colar o rating dos bancos ao rating soberano brasileiro pura e simplesmente é evidente argumento para baixar o rating dos bancos brasileiros para níveis menores do que o dos bancos europeus, pois assim, como o rating europeu dos 17 grandes (que são e eram até recentemente triplo A) ainda está melhor do que o rating do Brasil ( o que é outro absurdo se comparar a realidade alemã, francesa, americana  e japonesa e dos demais 13 grandes em relação ao Brasil) fica garantido um argumentopara manter rtings maiores aos bancos europeus, americanos e japoneses, mesmo que estejam lotados de títulos podres de países endividados. É um absurdo gritante e evidente.

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