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Dilma se equipara a Fernando Henrique ao não reajustar remunerações há mais de 10 anos contra a Constituição da República

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Fiquei estarrecido com esta constatação. Os recentes movimentos de greve que requerem reajustes e reestruturação de carreiras por todo o funcionalismo público denunciam que, em alguns casos, não há reajustes há dez anos. Esse prazo já supera em alguns casos o período durante o qual o próprio Fernando Henrique manteve o funcionalismo sem reajuste! Como pode? Não é à toa que na votação sobre o PL dos enfermeiros que determina diminuição carga horária diária laboral para 6 horas, a postura mais uma vez contrária do PT gerou a pergunta gritada das galerias: “PT, cadê você! Eu não voto mais no PT!”.

Gente, a postura da Presidente Dilma em ignorar o artigo 37, X da Constituição da República que prevê correção inflacionária anual a todos os servidores é o cúmulo do absurdo. Vejam, enquanto a área privada vem experimentando reajustes acima da inflação há dez anos, enquanto o salário mínimo ganha reajustes anuais superiores à inflação, somente os servidores públicos ficam sem ao menos a correção inflacionária há dez anos!!

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Enquanto todos melhoram de nível de vida, o servidor não é sequer contemplado com a manutenção do valor real de seu salário por dez anos!! No caso do Judiciário isso ocorre desde 2006, portanto, por 6 anos! O que é isso?

Ao invés de a Presidente Dilma utilizar sua aprovação social de 80% para explicar a estrutura orçamentária, a baixa relação entre servidores públicos e habitantes brasileiros, se comparar Brasil com Europa e EUA, ou simplesmente para promover uma regra definitiva que assegure o respeito ao aartigo 37, X da CF, assim como assegurou política de aumento real do salário mínimo, ela optou por aliar-se à mídia convencional contra o servidor, fortalecendo o mote de que servidor é gasto público!!

É isso o que está ocorrendo, senhores. Não se enganem. O Brasil está querendo fazer economia com o salário do servidor, quando não se discute por eemplo, comoocorreu na Grécia e acabará ocorrendo em mais países europeus, os juros da dívida pagos a bancos. Pagam-se R$178 bilhões de reais a bancos, mas não se pode contratar professores, médicos, remunerar policiais e servidores da justiça. E estes últimos servem a população, ao contrário dos bancos. Também se discute o Bolsa Família que com R$1,6 bilhão de reais ajuda 12 milhões de famílias, mas não se discute o pagamento de juros a 500 bancos e 10 mil grandes investidores em títulos da dívida pública.

Não estou dizendo que não se deva pagar juros a bancos e investidores e poupadores. Não estou dizendo que não se deva buscar e respeitar a responsabilidade fiscal. Só digo que deve se fazer isso e não desconsiderar o direito remuneratório do servidor público.

A postura da Presidente Dilma contra o funcionalismo público enfraquece o Estado, violenta a dignidade do servidor público, diminui a qualidade de vida das famílias de todos os servidores públicos federais (mais e um milhão de famílias brasileiras) e a coloca em pé de igualdade com a administraçaõ do Fernando Henrique Cardoso, com o ônus de ser traidora da causa do servidor e do fortalecimento do Estado, dois fatos que não se pode imputar ao FHC que é notoriamente defensor do apequenamento do Estado.

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