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Crítica ao artigo “Militares e Funcionários públicos ganharam mais na década”, do Jornal O Globo

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Risível o título do artigo publicado hoje no Jornal O Globo On Line comentado acima. Acesse o artigo em

Seguindo a cartilha de prejudicar a imagem do servidor público, com o objetivo de diminuir o Estado brasileiro e reforçar o não pagamento de correções inflacionárias anuais aos servidores públicos recentemente prejudicados por “aumentos” que sequer repõem a inflação do período em que cada classe ficou sem correção monetária , mesmo contra determinações constitucionais que asseguram a correção inflacionária anual, agora é publicado, como já o foi algumas outras vezes, que funcionários públicos e militares ganharam mais, EM MÉDIA, na década do que os empregados privados e domésticos, tendo os empregadores perdido lucratividade.
Quem lê o título pensa que militares e funcionários públicos são privilegiados em nossa sociedade. Onde está a mentira? Onde está a inverdade? Por que esta idéia e essa notícia dessa forma é desinformativa e causa desinformação em massa? Nós já falamos aqui e falaremos de novo, toda a vez que publicações dessas indutoras de uma realidade deturpada, contra o interesse público e mentirosa for veiculada.
A idéia que o título passa é mentirosa porque não se pode comparar o aumento dos valores dos militares e funcionários públicos com a média da população que é constituída em grande parte de pessoas com nível educacional mais baixo do que a média dos servidores públicos e militares.
O correto seria pegar a parcela de trabalhadores da sociedade que equivale em nível educacional ao grupo de servidores públicos civis e militares e comparar essas faixas de salários destes seguimnetos de trabalhadores.
Se isso fosse feito, seria observado que o aumento dos militares e servidores públicos civis ficou abaixo da média de empregados privados que têm o mesmo nível educacional e capacidade de trabaho dos militares e funcionáiros públicos civis. A verdade seria respeitada.
Veja o caso de servidores do Judiciário. Os servidores do Judiciário receberam 15,78% em valores gerais no ano de 2012 para 2013, parcelado em três vezes anuais, que chegaram a 27% em vencimento básico (ne verdade gratificação que incide sobre o vencimento básico), a partir de acomodação administrativa que congelou as funções gratificadas e cargos em comissão com 0% de reajuste; só que a perda do período de não correção inflacionário em seis anos foi de 33%, fora a perda da inflação do ano de 2012 e dos anos em que ocorrerão o pagamento das parcelas de aumento concedido, ou seja, 2013, 2014 e 2015.
Em comparação, analistas e técnicos da área privada vêm recebendo há dez anos reposições anuais acima da inflação, sem experimentarem perdas anuais com inflação que se sobrepõem ano a ano até que uma lei dê parte dos valores perdidos anos depois das perdas já sofridas que diminuíra seu poder de compra no tempo. Veja a reposição dos empregaos bancários desde 2006. Veja a reposição dos empregados petroleiros. Veja a reposição dos empregados da indústria e das instituições financeiras. Veja o aumento de pessoas com educação elevada, claro. Quem ganha mínimo não pode ser comparado com servidores públicos civis ou militares, porque pertencem a contingente de educação mínima ou não conseguiu colocação no mercado de trabalho em sua carreira, o que nos remete mais uma vez à qualidade de sua formação educacional.
Há técnicos em informática e na área de petróleo que ganham entre R$6.000,00  e até acima de R$10.000,00 dez mil reais e esse cargo no serviço público civil ou militar remunera em média entre quatro e seis mil reais na esfera federal, remunerando entre R$1.800,00 e R$4.000,00 na esfera municipal e estadual.
Estou falando de técnicos de educação elevada e não de técnicos mal empregados. Há falta de pessoas bem formadas que está gerando demanda para empregados estrangeiros de nível técnico e de analistas. São com esses que se deve comparar o servidore público civil e militar.
Então queremos pontuar a falta de legitimidade da idéia que o título dissemina em sociedade contra a realidade que exige informações mias precisas que os leitores nunca terão se não procurarem informação de maior nível do que aquela publicada em jornais que visam a prejudicar carreiras públicas e faciliatr a privatização de todo e qualquer serviço público possível.
É importante privatizar tuo o que for possível, pois assim, o mercado elimina o maior concorrente por mão de obra barata na sociedade: O ESTADO. E assim, pode continuar pagandop mal seus empregados, pois será a única tábua de salvação para quem quiser trabalhar e viver. Isso é ótimo para as empresas, mas não é bom para o cidadão.
Aponto, a título de observação de justiça, que dois parágrafos fizeram menção meramente tangencial de que a média dos empregados comparados com os servidores públicos e militares para efetio de observação de variação salarial, era constituída por pessoas de salário mínimo ou p´roximo a isso. Mas não houve explicação de nada e os índices não informam que os 20,1% que ocupam essas funções mais básicas podem ser mais de 33% ou quase 50% dos empregaods da área privada!! Isto com certeza baixa muito a média do salário da área privada para comparar com os salários dos meros 11% de servidores públicos e militares presentes em todo o contingente de trabalhadores do Brasil.
Veja os trechos que selecionei para mostrar que o artigo tentou pincelar um ensaio de relativização da informação equivocada do título:
“Os trabalhos mais básicos são os que absorvem mais trabalhadores no Brasil: 20,1% dos ocupados estão nessas funções, quando se divide por sexo, as mulheres aparecem mais nessas funções que pagam menos: são 24%. Entre os dirigentes, somente 3,5% das mulheres ocupam esses cargos, já, entre os homens, a parcela sobe para 4,2%.

A dupla jornada remunerada apareceu nos números do Censo 2010: 4,3% da população têm mais de um trabalho e isso é maior para os que cursaram faculdade, sendo 4% dos homens e 4,6% das mulheres. Em 2000, esses percentuais estavam em 3,5%, 3,2% e 4,1%, respectivamente.”

Os 11% de trabalhadores brasileiros que são servidores públicos civis e militares devem ser comparados com os 11% mais bem remunerados da área privada, pois são aqueles que têm mesmo nível educacional da grande maioria dos servidores públicos vivis e militares brasileiros. São 3,6 milhões de servidores para 31 ou 39 milhões de trabalhadores formais, segundo uma publicação do Jornal o Globo no segundo semestre de 2012 comentado por nós.
Agora, veja como é difícil informar com qualidade. Veja como é difícil para mim e para o Blog explicar como o artigo em questão deinformou, através da escolha do título do mencionado e criticado artigo, milhões e milhões de brasileiros pelo país afora. Muitos nem lêem o texto do artigo. Ficam só com o título. E o Jornal sabe disso.
A desinformação causada pelo artigo em questão só seria contrabalanceada se o acesso a este Blog somado aos outros Blogs Sociais que criticam este tipo de artigo fosse semelhante ao número de leitores do Jornal O Globo, por exemplo, ou ao número de leitores de jornais convencionais que publicassem os respectivos artigos desinformativos.
Este é o nível da desinformação causada. Nós fazemos nossa parte. Está criticada e desmentida a informação errônea que é propalada pelo artigo em comento.

p.s.: Observe que pelos dois trechos selecionados e transcritos, aumentou o grupo de pessoas que tem mais de um emprego. Isso significa que a pessoa ganha mal e tenta compensar com mais um emprego ou que há criação de vaga não preenchida por trabalhadores que faltam no mercado? A informação diz que o acúmulo de trabalhos ocorre mais no grupo de pessoas que tem formação superior. É imporante notar que o artrigo de jornal não dá muitas informações precisas, mas o viés indicativo de que militares e servidores “se deram bem” ou “foram privilegiados” na última década é claro de uma leitura imediata do título do artigo. O título atingiu a finalidade do veículo de mídia por si só, ao meu ver, sem significar que quem o leu, ou mesmo todo o artigo, ficou bem informado sobre o tema. Percebe?

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