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Apagões, Porto Mariel, financiamento da violência em movimentos sociais – comentários

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Tendo em vista grande grupo de temas e pouco tempo para abordá-los, apesar da importância e obrigatoriedade dessas abordagens, mais uma vez nos utilizamos do artigo em forma de revista para resolver esse problema e não deixar os leitores sem a opinião do Blog Perspectiva Crítica sobre temas urgentes e importantes, mesmo que a partir de uma análise menos profunda.

Apagões – Senhores, é importante a preocupação com disponibilidade de energia elétrica. Não é só uma questão de comodidade e de nossos lares não ficarem sem luz, mas a disponibilidade de energia elétrica é essencial para a manutenção de intenção de investimentos e para o crescimento econômico. Não à toa, Lincoln Gordon, em sua obra “A segunda Chance do Brasil: A caminho do Primeiro Mundo”, apresenta tabela que relaciona crescimento econômico e consumo de energia elétrica sendo evidente que ambos crescem juntos. Mas convém colocar os pingos nos “is” em relação às matérias veiculadas na grande mídia sobre o tema. Primeiro: não há o menor risco de um apagão das dimensões que ocorreu em 2001 com o FHC, quando 60% do Brasil apagou por desabastecimento generalizado. 60% do país é diferente de apaguinhos que têm ganhado muito espaço nas manchetes atuais. Segundo: que fique claro, que o Blog Perspectiva Crítica não apóia subvenção da tarifa de energia elétrica, como ocorre atualmente, por princípio, mas é favorável a medidas que incentivem a diminuição de custo Brasil, aliviem gastos dos cidadãos e empresas e tornem o ambiente econômico mais atrativo à produção, desde que de forma sustentável. A conta do subsídio da tarifa de energia elétrica que foi de 8 bilhões de reais ano passado, pode chegar a 10 ou 18 bilhões de reais esse ano. Ainda depende das chuvas. Isso é bom? Não. É sustentável? Não sei. Por quê? Porque ninguém está perguntando qual o real benefício em emprego e crescimento econômico da medida de subsídio tarifário do ano passado. Sem saber o que os oito bilhões de reais gastos ano passado geraram de crescimento econômico, incentivo à produção e ao investimento, manutenção de empregos, não é possível calcular o quanto de manutenção de arrecadação foi possível obter com aquele gasto de 8 bilhões. O IPEA pode calcular isso, mas ninguém pede, ninguém cobra. Os subsídios na economia americana e européia são na base de centenas de bilhões de dólares anuais, e ninguém aponta isso como algo ruim ou que distorce o mercado internacional ou que altera os índices de inflação dos americanos e europeus. Mas sem esses subsídios, a agricultura da França sumiria e o leite americano custaria o dobro do que custa hoje em dia… o que isso significa de impacto inflacionário e perda de empregos nesses dosi países? E assim, centenas de produtos e serviços de americanos e europeus. E eles, com esses subsídios astronômicos, são os mais ricos do mundo. Então… cadê os dados comparativos? Não apoiamos aumento de despesas, mas todo investimento é uma despesa que é acompanhada de retorno econômico e social que justifica a despesa. Sem sabermos as reais dimensões dos benefícios do subsídio da energia elétrica, não dá para dizer se é mera despesa orçamentária ou se é subsídio vantajoso à economia e sociedade brasileira.

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Porto Mariel – Esse assunto gerou amplo debate com amigos de longa data, em sua maioria contrários ao “financiamento do governo do ditador cubano” e  ao “investimento no exterior, quando precisamos no Brasil” e outras coisas mais. Mas senhores, como eu defendi o investimento com o simples argumento de que se trata de garantir exportação de serviços do Brasil sem prejuízo aos projetos de investimento nacional, a Fiesp também apresentou defesa neste idêntico sentido, como publicado no Jornal O Globo de 13/02/2014, na página 24. O título do artigo diz tudo: “FIESP defende crédito do BNDES em porto cubano”. Por quê? Porque é isso que faz o Eximbank dos EUA há décadas!! Serão 600 milhões de dólares emprestados pelo BNDES. Mas com a exigência de que sejam gastos do total de 957 milhões de dólares necessários para a construção do Porto Mariel, mais de 800 milhões de dólares no Brasil! O representante da Odebrecht diz que isso significa o envolvimento de 150 mil empregos diretos e indiretos no evento aqui no Brasil. 80% de todo o material para a construção do Porto deverá ser produzido e importado do Brasil por Cuba. Esse financiamento enriquece o País e exporta serviço, material, produtos e mão de obra brasileiros.. como pode o Blog Perspectiva Crítica ser contra?!?! E os investimentos do Brasil que estão sendo deixados de lado? Senhores e senhoras, o BNDES trabalha com projetos e não com necessidades genéricas do Brasil por mais que saibamos que são concretas. Ninguém apontou qual o projeto que foi preterido.. e não vai apresentar porque nenhum projeto nacional foi preterido!! O artigo publicado no Jornal O Globo, como mencionado, informa que o BNDES em 2012 emprestou R$7 bilhões de reais para investimentos e obras no exterior contra R$173 bilhões de reais para projetos no mercado interno. O BNDES tem três vezes o dinheiro do banco mundial!! Há falta de projetos nacionais e se o BNDES pode emprestar para empresas brasileiras prestarem serviços no exterior ao invés de o dinheiro ficar parado em seu caixa, tanto melhor!!!

Financiamento da violência em movimentos sociais – A questão é muito simples. Quem forneceu os rojões e quem paga R$150,00 para que meninos pobres sejam agressivos e agridam a polícia ou quem quer que sejam em movimentos sociais, seja Black Blocks, seja MST, é criminoso que incita a vioência e deve responder criminalmente. Hà uma irresponsabilidade da mídia, mas não no limite ainda, em querer incriminar partidos de esquerda e políticos renomados e austeros como Marcelo Freixo. Assistência jurídica não é nada. Contratação de mão de obra para incitar a violência e fornecimento de porretes, rojões, coquetéis molotov.. isso sim é criminoso. Somos contra impedir máscaras em manifestações. A polícia deve ser capaz de filmar, isolar e prender bandidos que estejam infiltrados em manifestações sociais. Agora sejamos claros… quem financia a violência não é quem deu ou dá dinheiro para um grupo, mas o que dá dinheiro com fins de manter uma atividade violenta.. deve saber que há violência e que está financiando violência e o valor deve ser tal que possa ajudar na consecução dessa finalidade institucional do grupo financiado. Caso contrário, não há atividade de terrorismo, atividade criminosa e financiamento de atividade criminosa.

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