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Números de Mantega para a economia brasileira em 2011

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Pessoal, comento agora uma entrevista do Ministro da Economia, Guido Mantega, dada para a revista “Isto É Dinheiro”, de 22/06/11, pgs. 40/43.

A entrevista era sobre as perspectivas econômicas para o Brasil durante essa crise em 2011. Quais os riscos para a economia brasileira? Quais os riscos para o descontrole inflacionário?

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Mantega, com aquela sua segurança característica passou tranquilidade e controle sobre os números e trouxe os números que vê para a economia no fim deste ano, independente do que o mercado especule. Como concordo, trago a vocês para que vocês comparem com as previsões que mudam dia e noite no mercado e possam conferir no fim do ano se o que Mantega disse não se realizou.

Mantega informa que a meta do Brasil é de inflação em 4,5%, com margens de mais 2 p.p. (pontos percentuais) para cima ou para baixo. E que a meta de crescimento é de 5% ao ano. Assim, este ano de 2011, o Brasil fechará a inflação entre 6,1% e 6,2%, em dezembro de 2011, não interessando o furo eventual da meta em um ou dois meses do ano de 2011. E o crescimento será de 4,5%, segundo ele afirma.

Ou seja, para vocês que nós acompanham, ele diz o que sempre dissemos: 2011 terá crescimento e controle inflacionário. O Brasil não será engolido pela crise de 2011 nem há espaço para catástrofe, como os jornais muitas vezes tentam incucar na população para alimentar uma idéia mentirosa de descontrole. O Blog Perspectiva Crítica não vê isso e Mantega também não.

Mantega informa que o número ideal para o desmprego no Brasil é de 6,4% e não muito abaixo disto, pois isso já significa que há pleno emprego em várias regiões do Brasil, como já acontece hoje (desemprego de 4,5% para baixo é considerado pleno emprego, pois a rotatividade natural de trabalho já geraria esse número de desemprego).

Mantega informa que o déficit público que o Ministério da Economia está perseguindo é de 2% do PIB. Importante notar que para ser integrante da união Européia o déficit aceitado é de 3% ao ano. Assim, a meta da Fazenda é mais exigente. Nâo houve menção sobre superávit primário, mas ao que sei, haverá manutenção de superávit primário de 3,1% ao ano até que a relação dívida/pib chegue a níveis baixos. Ninguém diz que nível é esse, mas eu entendo que seria 25%, pois esse é o nível da Coréía do Sul, Chile e dos EUA no auge da boa administração de Bill Clinton (os três países e situações que eram e são elogiados como modelo de controle marcoeconômico).

Mantega afirmou que o crédito, depois do aumento de juros Selic e de medidas de contenção de crédito(medidas macroprudenciais), diminuiu seu ritmo de crescimento de 20% ao ano, agora cresce a 13%, o que é sustentável. A meta para crescimento de crédito é de 13% ao ano, portanto, atualmente. Para aumentar isso, sem crise, somente com aumento de poupança interna, o que não foi comentado.

Não foi objeto da entrevista, mas é sabido que nossas reservas são de US$ 350 bilhões e que os compulsórios são de R$ 420 bilhões. Portanto, a falta de crédito externo para a nossa economia não teria como nos criar grande impacto de curto prazo, sendo certo ainda que nossos titulos da dívida são altamente cobiçados, podendo ser lançados caso precisássemos de dólares para girar a economia, o que hoje estamos até tentando impedir que entrem em excesso.

Assim, ficam boas informações e boas perspectivas para o País, nessa crise. Fiquem com isso para ter uma base real e séria sobre os rumos e o estado de nossa economia brasileira nessa crise. Enquanto todos os países ricos estão comdívidas subindo, a nossa está decrescendo. Enquanto eles encaram risco de recessão, tendo de usar juros negativos para estimular a economia, nossa economia tem que ter o crescimento contido com medidas ortodoxas (como aumento de juros – com o que discordo..).

Tudo isso mostra que nós estamos em excelente situação e que o Governo não tem interesse em desfocar de suas metas, queira o mercado interpretar contra ou a favor. O Brasil segue, e muito bem, seu rumo. Acompanhem e vejam o mercado expremer suas perspectivas para ao fim do ano, acabar sendo obrigado a reconhecer que o que ocorrerá, apesar de ter tentado pressionar os números e as expectativas de forma irresponsável com vistas a aumentar seus lucros financeiros, será o atingimento das metas do governo.

Estou esperando e acompanhando.

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