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Comentários responsáveis sobre a inflação de abril no Brasil: desnecessidade de aumento de Selic se confirma!

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Senhores, como o Blog vem sustentando… não há necessidade de aumento de Selic, nem houve esse ano, tendo sido o aumento de 0,25% passado um erro do Banco Central que quis fazer gracinha por mercado.

Veja o trecho do artigo de chamada em manchete do Jornal do Commercio de 06/05:

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“Cenário Mundial piora e afeta reação no Brasil – Com previsões cada vez piores para a Europa, a desaceleração da China e dados ambíguos nos Estados Unidos, o processo de alta da taxa básica de juros (Selic) no Brasil indica estar com os dias contados.”

É claro que o Jornal O Globo não deixa de vender a idéia desinformativa de descontrole inflacionário e vem apoiando, como sempre apoiará por interesse próprio de alinhamento com o interesse do setor financeiro brasileiro, o aumento de taxa básica de juros. Mas veja a informação que ela traz mesmo assim, na manchete e trecho de artigo na página 25 da edição de hoje, 09/05/2013:

“Disparada nos Preços – Inflação dos alimentos já é de 14% em 12 meses – Esses produtos respondem pela metade da alta do custo de vida este ano” (manchete de 09/05/2013)

” A inflação medida pelo IPCA saiu de 0,47% (março) para 0,55% (abril)” (manchete)

” Alimentos já respondem por mais da metade da inflação acumulada no ano.” (artigo “Inflação no Teto”, O Globo, pg. 25, de 09/05/2013)

“Analistas veem alta de 0,25% nos juros” (mesmo arrigo pg. 25)

Bem senhores… vocês que nos acompanham já devem conseguir ver que não é novidade que os artigos do Globo sempre apontem para descontrole inflacionário e pedem aumento de juros, enquanto as publicações do Jornal do Commercio são mais equilibradas e batem mais com as posições do Blog.

É porque o Jornal O Globo publica a visão financista com enfoque no atingimento mensal do centro da meta ou seja, 0,37% por mês de inflação e 4,5% ao ano. Mas mesmo que isso fosse atingido, o Globo continuaria batendo por inflação “alta” e necessidade de aumento de juros até a inflação chegar a 2% ao ano, e os juros pagos aos bancos fossem estratosféricos. Pois, para mim, a atuação deste canal é claro no sentido de enriquecer bancos e defender o patrimônio, sem se preocupar com crescimento econômico e criação de emprego.

Já o Jornal do Commercio é veículo de mídia da ala produtiva da economia. Assim, ele defende a visão empresarial, ou seja, inflação sob controle, mas em dimensão que facilite o crescimento econômico. Isso favorece a persecução de real administração da inflação consoante interesse nacional, com reflexos positivos para administração de câmbio, dívida pública, taxa de investimento e criação de emprego.

Nós, que defendemos a perspectiva do interesse do cidadão e contribuinte individual, nos preocupamos com crescimento econômico, criação de emprego, administração responsável do câmbio, administração da dívida pública (de forma a manter crescimento econômico), aumento de renda e controle inflacionário (de forma a manter crescimento econômico). Esta nossa preocupação leva a ver a realidade econômica mais parecida com a do Jornal do Commercio e das empresas produtivas e ter visão diferente da visão de economia brasileira que bancos e o Globo têm.

Agora, vejam, a análise dos trechos acima deixa claro que a visão do Blog é a mais correta, principalmente em defesa do crescimento econômico e da criação de empregos e administração da dívida pública. É informado que metade da inflação do ano vem de aumento de alimentos. Ora, isso não é choque de oferta? Sim. Se é, como aumento de juros ajudaria? Não ajudaria. O que ajudaria seria importação de agrícolas (na Argentina o tomate custa 1/3 do que no Brasil… o Globo deveria pedir por liberação dos tomates argentinos.. mas é mais lucrativo pedir aumento de juros).

E veja a dimensão da inflação real: metade da que se apresenta e que está alta pelo aumento de agrícolas!! Assim, o IPCA publicado no Globo (pg. 25 de 09/05/2013) de 0,86% (jan/2013), 0,60% (fev), 0,47% (mar) e 0,55% (abr), poderiam ter sido de 0,43%, 0,30%, 0,235%, 0,275%!! Ou seja, a inflação real, sem problema climático e de choque de oferta de alimentos, estaria mais do que dentro da meta (que exige média de 0,37% ao mês de inflação)!!!

Mas insistem na conta do acumulado de 12 meses passados. É assim que todo o mundo persegue meta de inflação? Não. O mundo todo persegue meta de inflação para frente!!! Mas é bom argumento para tentar mostrar descontrole inflacionário e pressionar por aumento de juros, mesmo que isso signifique menos empregos, menos crescimento econômico e prejudique a dívida pública.

Mas se uma empresa de comunicação não tem compromisso com crescimento econômico, geração de empregos e controle da dívida pública, tem com o quê? Com lucros de bancos e com a balbúrdia de dados e desinformação em massa contra índices econômicos para tentar dar chance à oposição política. É só o que pode me vir à cabeça.

Assim, como o Blog informou o ano inteiro, NÃO É NECESSÁRIO AUMENTAR SELIC, pois a inflação está controlada. Mesmo o mercado não aponta inflação acima de 5,7% no fim do ano; quando deve ser verificado o atingimento da meta inflacionária, como o é em todo o mundo. O aumento anterior de Selic foi erro do Bacen e queremos crer que o Bacen não vá errar de novo.

E para inflação de alimentos, senhores, a resposta é mais oferta de alimentos.. e não mais juros.

P.S.: texto revisto e ampliado.

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