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Eduardo Campos e Marina Silva revigoram o debate político para a Presidência da República

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É, senhores e senhoras. Ótima notícia a definição da chapa à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos e Marina Silva. É uma promessa de renovação no debate eleitoral presidencial, com qualidade e força, tirando o brasileiro do dueto obrigatório PT x PSDB. E melhor ainda, ampliando possibilidades de esquerda, para um Brasil de hoje carente desta visão.

A esquerda senhores, não é o que a grande mídia tenta rotular com artigos e mais artigos de Rodrigo Constantino com uma visão preconceituosa de esquerda… a esquerda vê o social. Seu interesse é fundamentalmente a melhora da condição de vida do pobre e do trabalhador. Isso não exclui o mercado somente o coloca como instrumento da realização do bem social e não como totem a ser reverenciado no matter what. 

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Então, para aqueles que não são psdbistas de carteirinha ou liberais e amantes do Estado Mínimo, agora há saída: Eduardo Campos e Marina. Tudo bem que querer ampliar o Programa Bolsa Família, à falta de melhores explicações pode parecer populista. Mas diminuir Ministérios não. Essas são duas propostas já apresentadas de forma superficial e imediata pela pré-candidatura de Eduardo Campos e Marina.

Para ampliar o Bolsa Família, talvez fosse melhor focar numa continuidade de valorização do salário mínimo; sempre com responsabilidade fiscal, tanto em relação ao INSS quanto em relação aos Municípios mais pobres para os quais salário-mínimo é grande despesa. Mas o debate sobre o que fazer para se acabar ou diminuir drasticamente a pobreza e seus maléficos efeitos sobre a vida do cidadão brasileiro e da sociedade é completamente apoiado pelo Blog Perspectiva Crítica.

É interessante ainda esta opção de candidatura porque a alternância do poder é essencial ao fortalecimento da democracia. Apesar de que o Partido Trabalhista inglês ficou 20 anos no Poder na Inglaterra e foi o período de melhor distribuição de renda daquele país. Por isso o importante é sempre o projeto de governo. Nós precisamos, na visão do Blog, de projetos de continuação da diminuição da pobreza, melhora da educação e saúde, para que um dia tenhamos o padrão de vida europeu. É totalmente possível. Não falta dinheiro ao Brasil para isso. Falta projeto de governo, vontade política, determinação e compromisso com um projeto de Nação Brasileira que não privilegie o mercado ou oligarquias familiares ou empresariais e principalmente financeiras de índole internacionalista.

Projeto de governo, vontade política e determinação com projeto de Nação Brasileira que não privilegie o mercado, o PT de Dilma mostrou que tinha (projeto que não privilegie famílias e oligarquias é tarefa árdua.. rsrsrsrs.. os EUA é a maior e mais poderosa oligarquia existente no planeta.. mas a alternância arrefece o poder de famílias influentes e oligarquias) . As melhoras econômicas e sociais foram gigantescas durante quase 12 anos do PT. E entre a manutenção deste projeto atual e do projeto do PSDB, por enquanto, o Blog Perspectiva fica com o projeto do PT, pois diminui pobreza, diminui desigualdade regional e promove crescimento do PIB, ainda acima do de EUA, Japão e Europa, com mais qualidade do que o crescimento de emergentes e mesmo dos países ricos, já que com controle inflacionário (ultimamente perto do limite da meta) e com responsabilidade fiscal (diminuição relação dívida/pib anualmente alcançado).

Então, se o embate PT x PSDB nada traria de novo e provavelmente ocorreria a re-eleição de Dilma, inclusive com o apoio deste Blog, vemos a candidatura de Eduardo Campos e Marina como algo novo com potencial de criar real debate sobre projetos viáveis e interessantes ao País. Esta candidatura traz músculos ao pleito eleitoral presidencial deste ano.

E dizemos mais: na nossa opinião um segundo turno entre Dilma e Eduardo Campos pode sim criar risco para Dilma, pois os psdbistas, em tese socialistas liberais, podem votar no PSB, mas o contrário pode ser mais difícil, pois quem vota no PSB, a não ser que seja pedido por Campos e Marina (e mesmo assim…), têm dificuldade de votar no PSDB, pois todos sabem que este partido defende o Estado Mínimo e Estado Mínimo é menos serviço público, menos servidores públicos e menos salários para esses servidores. Ora, se educação pública e saúde pública depende de servidores professores e médicos, e se a qualidade depende também de bons salários, como o brasileiro de classe média e média-baixa pode votar em projeto que retira oportunidade de emprego de qualidade (concurso público), piora o serviço público de educação e de saúde e o remete a pagar cada vez mais para escolas privadas caríssimas e planos de saúde caros que não prestam atendimento médico?!?!

Então, senhores, ainda trataremos muito desse tema das elições presidenciais, mas o Blog Perspectiva Crítica se regozija com essa novidade eleitoral da pré-candidatura efetiva de Eduardo Campos e Marina, saúda-os, e deseja-lhes sorte.

Ainda não sabemos todos os projetos anunciados. Mas a princípio, esta dupla tem o voto do Blog Perspectiva Crítica em primeiro turno; até para garantir segundo turno com Dilma e debate eleitoral de qualidade e com vertente que interesse para o enriquecimento da população brasileira e do incremento da qualidade de vida do brasileiro que anda de mãos dadas com a melhora da prestação do serviço público brasileiro. Vamos ver se há mudanças até lá.

p.s.: E veja, essa candidatura traz grandes novidades. tem apoio do PPS, partido sério, e não tem apoio do PMDB ou do DEM, duas forças das oligarquias nordestinas e em todo o País. E mais, retira a Presidência da ocupação reiterada de representantes originários, de berço ou de legitimação política, de São Paulo, Sudeste ou Sul. Seria uma dupla do Norte-Nordeste. É interessante essa proposta, apesar de que o governo do PT fez muito e muito pelo Norte e Nordeste. O exercício do Poder por legítimos representantes dessas regiões seria interessante pela perspectiva política, democrática e federativa. E por fim, a proposta de ampliação de Bolsa Família pode ser populista ou não, depende de como será apresentada. Alterando definitivamente a pobreza e não alimentando assistencialismo, pode. A princípio o Blog não vê problema em ampliar Bolsa Família, dependendo de como, pois se 300 bilhões de reais podem anualmente pagar títulos da dívida, e hoje somente 20 bilhões anuais vão para o Bolsa Família, amenizar a pobreza de 14 milhões de famílias brasileiras em extrema pobreza, parece que o benefício social de até dobrar esse investimento social, que faz diferença na economia do interior, não parece absurdo. Mas aumentar salário mínimo (junto com crescimento econômico e emprego) parece mais interessante, pois incentiva o trabalho e a responsabilidade, educando, talvez melhor, aqueles que recebem um salário mínimo digno do que aqueles que recebem Bolsa Família, pelo só fato de que trabalhar para receber o dinheiro é mais digno e educativo.

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