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Soluções diferentes: França anuncia taxação de ricos contra a crise. Brasil tenta extinguir Imposto sobre Grandes Fortunas e não concede correção inflacionária a servidores..

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Duas maneiras interessantes  e opostas de tratar o problema de responsabilidade fiscal e preparação de condições econômicas nacionais para enfrentar a crise econômica mundial.

Enquanto a França, com maioria parlamentar socialista, aumenta tributos sobre patrimônio e renda de ricos e super-ricos, como aliás já foi sugerido por Warren Buffet aos próprios EUA, no Brasil depaupera-se o servidor público federal (categoria pertencente à população e classe média brasileira), não lhe concedendo sequer correção inflacionária prevista na Constituição da República, e ainda passa no Senado proposta de reforma tributária em que se prevê a extinção do Imposto sobre Grandes Fortunas.

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Interessante a diferença de abordagem sob os mesmos fundamentos (fortalecimento da economia e das contas públicas) e causas (crise internacional e necessária adequação orçamentária).

O Governo Dilma está interessantemente sendo socialista com pobres (Bolsa Família), conservadora de direita com os servidores públicos federais (Margareth Tatcher tupiniquim contra servidores), estelionatária eleitoral com os cidadãos (promete creches, não as entrega, promete reajustes e negociações salariais e não as entrega, promete contratação e investimento na saúde e educação e diminui remuneração e quadros de servidores em todo o país) e ditadora e autocrática em relação aos Poderes da República (mantém 25 mil cargos comissionados que cooptam senadores e deputados federais para o Executvio, de olho na ocupação de tais cargos – tornando o Legislativo refém do Executivo e impede Judiciário e Legislativo de gerirem seus próprios orçamentos, admitindo que tais orçamentos fiquem condicionados à caneta e apresentação do Orçamento da União pelo Executivo).

É triste ver a esquizofrenia da Presidente e a perda de face reconhecível do Partido dos Trabalhadores. O governo Dilma começou democrático de esquerda. E agora, o que é? Na França, todos sabem: é um governo socialista. Que diferença de transparência social.

p.s. de 10/07/2012 – revisto e ampliado.

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