Juros em elevação (O Banco Central subiu de novo a 12,25% os juros públicos em 21/01/2015). Aumento da gasolina (a despeito de quedas grandes no preço internacional do petróleo, aqui o aumento será de 10% e a defasagem com o mercado internacional já é de 69% contra o consumidor). Movimentação do governo a favor da manutenção do Fator Previdenciário (o que diminui valores aos aposentados). Aumento exigências externas para a concessão de benefícios previdenciários, auxílio-desemprego e outras verbas de assistência social. Determinação do governo para volta de incidência de IPI para carros, aumento de juros para financiamento da casa própria para valores entre 500 mil e 750 mil (atingindo somente a classe média, neste caso, sem atingir o “Minha Casa, Minha Vida”). Diminuição de verbas públicas aos bancos públicos, diminuindo a oferta de valores para empréstimos a pessoas e empresas. Alinhamento da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) dos empréstimos do BNDES com a Taxa Selic, diminuindo a facilidade de tomada de empréstimos por empresas no BNDES. Medidas para aumento da tarifa de energia elétrica, diminuição de subsídio ao setor elétrico, medidas para diminuição de consumo de energia elétrica (risco de apagão mais efetivo agora do que nunca – nível hidrológico em 17% e a partir de 10% serão adotadas medidas de racionamento). Dentre várias outras medidas. Isso significa que a Dilma traiu o eleitor brasileiro? Ou indica que a política anterior estava equivocada e agora se corrige? Ou indica que a Dilma se curvou ao mercado?
Pessoal, nenhuma dessas hipóteses. Em Davos, o Ministro Levy fez abordagem idêntica àquela em que o Blog Perspectiva Crítica acredita. O governo agiu de determinada maneira até este momento para fazer face aos problemas que se apresentavam desde a eclosão da crise financeira internacional em 2008. E agora corrige seus métodos a uma nova situação.
Antes, precisou estimular o crédito, baixar juros (Selic e bancário), fazer empréstimos subsidiados ao setor privado brasileiro que nõa encontrava financiamento seja nos nossos bancos privados nacionais seja no exterior (daí a diferença entre a TJLP e a Taxa Selic e o trubinamento do BNDES por verbas oficiais em mais de 300 ou 400 bilhões de reais), desonerar a produção (cortou cobrança de CIDE, IPI para automóveis)… só a desoneração /benefícios tributários sobre folha de pagamentos, PIS e Cofins geraram um corte de tributos de mais de 70 bilhões ou 90 bilhões ao governo.. grande parte disso nas çcontas do INSS e do Fundo de Participação dos Estados e Municípios. O corte nas tarifas de energia elétrica (contratados, bom que se diga) diminuíram custo Brasil: os principais beneficiados foram consumidores e indústrias. Gasolina mantida abaixo do preço médio internacional diminuiu inflação e custos de produção.
Tudo isso teve custo. E o resultado? Enquanto europeus e americanos tiveram recessão e desemprego grave, nós não tivemos um ano sem crescimento econômico e sempre ficamos com índices baixos de desemprego. Deu certo. Eu conheço amigos europeus que trabalham no Brasil que disseram que se estivessem em seus países de origem provavelmente estariam desempregados. A grande Mídia não pondera e nem ponde´rará isso simplesmente porque ela é contraa o governo e ponto.
E agora? Agora chegou-se em um limite prudencial em que é melhor corrigir o rumo e as medidas, pois seus efeitos benéficos à economia não são maiores do que os custos ou ônus que imprimem à economia, sociedade e ao orçamento público. Simples assim. E para isso todas as medidas citadas no início do artigo estão sendo tomadas. Todas as medidas são defensáveis. Todas as medidas são responsáveis.
Então, não houve traição ao eleitor, não houve sucumbência absoluta ao mercado e nem a política anterior estava errada. Percebe? O governo está tomando medidas para manter o cerne do que foi toda a atuação do governo anterior: manter e criar empregos e manter crescimento da economia, com responsabilidade fiscal e inflação controlada. Irrepreensível, a nosso ver.
Houve erros? Sim. Na demora de realização de concessões de toda natureza, na incapacidade de gerenciar problemas nas construções de Jirau, Belo Monte e Santo Antônio (que se estivessem prontos deixaraim o risco de apagão mais loonge), na demora na construção de usinas nucleares, e no setor elétrico, com o corte de tarifas e inêxito do sistema aventado pelo governo (mas as contas do setor elétrico seriam diferentes com mais chuva…).
Voltar atrás em alguns pontos e corrigir rumos é responsável e é manter compromisso com o eleitor e todos os cidadãos brasileiros. Não houve farra fiscal. Nosso endividamento líquido sempre caiu (hoje em 33%) e o bruto não passa de 63%, metade da média européia e um quarto da dívida japonesa e quase metade da dívida dos EUA.
O partidarismo da grande mídia impede a população de ver o que realmente ocorre. Mas nós estamos aqui para te dar o contraponto. E damos as jutstificativas para cada ato do novo governo que parece contrário à imagem que a grande mídia pinta do que foram as promessas eleitorais de Dilma.
Juros em elevação (O Banco Central subiu de novo a 12,25% os juros públicos em 21/01/2015) – O Blog Perspectiva Crítica entende desnecessário e prejudicial, podendo ser compensado aumento de juros por medidas macroprudenciais, mas deixar o Bacno Central livre para adotar essa medida ajuda no combate à inflação e na imagem de autonomia do banco Central, tranquilizando o mercado e o horizonte de investimentos. Nessa lógica, o maior aumento de juros agora propicia mais rápida perspectiva de baixa da inflação e diminuição dos juros a partir de 2016 ou até fim de 2015. Justificado e responsável.
Aumento da gasolina (a despeito de quedas grandes no preço internacional do petróleo, aqui o aumento será de 10% e a defasagem com o mercado internacional já é de 69% contra o consumidor) – Os custos da exploração de petróelo no Brasil são diferentes dos da exploração em regiões de guerra e furacão, como Oriente Médio, África e Golfo do México. Há margem para uma política de preços de petróleo nacional diferenciada da oscilação direta do preço internacional. Mas isso não pode prejudicar as contas da Petrobrás. A defasagem prejudicial à Petrobrás e seus acionistas foi levada a limites próximos ao intolerável, sem nunca a Petrobrás deixar de ter menos de 20 bilhões de reais de lucros anuais. O pior foi arranhar sua capacidade de tomar empréstimos no exterior, apesar de ela te conseguido chegar no limite da responsabilidade da tomada de empréstimo , segundo padrões de governança corporativa (35%). Agora, aproveitar o início do ano e as medidas de controle orçamentário, fiscal e monetário (que são desinflacionários) para entregar valor da gasolina que foi negada à Petrobrás por anos, mesmo que contra a movimentação de preços internacionais é justo e benéfico à empresa mais rica e que mais investe no nosso País. Se a Petrobrás ajuda o País e os consumidores em horas de crise mundial, o brasileiros devem ajudá-la no momento adequado e de crise em sua imagem e contas. Justificado e responsável.
Movimentação do governo a favor da manutenção do Fator Previdenciário (o que diminui valores aos aposentados) – Somente populistas, sindicalistas irresponsáveis (que não é meu caso.. rsrsrs) e políticos e economistas irresponsáveis podem defender a queda do Fator Previdenciário. O governo tem que jogar para o público, claro, mas sabe que deve ser responsável com as contas do INSS para que se mantenham hígidas no tempo e possa garantir valores para pagar as aposentdorias do sbrasleiros no futurto. Assim, falar em discutir o Fator Previdenciário, o que a nosso ver levará a somente arrastar o tema. E a oposição vem jogando contra a razoabilidade, dizendo que toda medida responsável do governo é traição do eleitor. Então, está certo o governo. Justificado e responsável.
Aumento de exigências extras para a concessão de benefícios previdenciários, auxílio-desemprego e outras verbas de assitência social – Foram verificadas frausdes nas obtenções dessas verbas assistenciais e benefícios previdenciários. Fraudes criadas pelos beneficiários, não somente criminosos do colarinho branco e agentes públicos. Empregadores não assinam carteiras de trabalho a pedido de trabalhadores e isso prejudica as contas do INSS que libera benefícios que não deveriam ser liberados. Todas as medidas que dificultam a fruição desses benefícios não prejudicam o trabalhador honesto que requer normalmente, mas fecha possibilidades de abusos e fraudes que ocorriam até agora e sangravam os fundos públicos do FAT e da Previdência. Justificado e responsável.
Determinação do governo para volta de incidência de IPI para carros, aumento de juros para financiamento da casa própria para valores entre 500 mil e 750 mil (atingindo somente a classe média, neste caso, sem atingir o “Minha Casa, Minha Vida”) – O limite de financiamento da casa própria não deveria sequer ter subido a 750 mil reais. Isso estimulou a bolha imobiliária que sofremos hoje e sua manutenção. Todas as demais medidas tinham sentido no furacão da crise interncaional pois imóveis e carros, junto com o complexo petrolífero, são grandes setores que envolvem milhares de empresas e empregos no entorno de suas operações. Isso manteve giro econômico e empregos e PIB. Mas agora não mais. Assim, corrigir isto agora, retirando incentivos governamentais e medidas anticíclicas é correto. Justificado e responsável.
Diminuição de verbas públicas aos bancos públicos, diminuindo a oferta de valores para empréstimos a pessoas e empresas. Alinhamento da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) dos empréstimos do BNDES com a Taxa Selic, diminuindo a facilidade de tomada de empréstimos por empresas no BNDES – A partir de 2008, na crise, bancos privados nacionais e estrangeiros não emprestavam às empresas brasileiras e nem às empresas européias e americanas. Como fazer para destravar a economia? Como fazer para que as empresas continuassem a produzir e manter empregos e giro da economia? Qualquer economista responsável dirá que através de injeção de dinheiro do governo na economia ou quantitative easing (usado mais para política monetária) ou outra palavra palhaça que significa: se o privado não põe dinheiro em jogo, o Estado põe. Ponto. Isso teve um custo: dez vezes menos do que o custo que EUA e a Europa tiveram para destravar suas economias. Aqui gerou aumento de 10% a 15% do endividamento público e lá mais que dobrou o endividamento público americano e/ou europeu. Agora que essas medidas criam mais custos ao Erário do que giro econômico, criação de emprego e aumento do PIB é claro que é correto retirar. Justificado e responsável.
Medidas para aumento da tarifa de energia elétrica, diminuição de subsídio ao setor elétrico, medidas para diminuição de consumo de energia elétrica (risco de apagão mais efetivo agora do que nunca – nível hidrológico em 17% e a partir de 10% serão adotadas medidas de racionamento) – Senhores, houve tentativa do governo de diminuir custo Brasil e melhorar a qualidade de vida de brasilerios, sem quebrar contratos. Isso gerou um custo no início que seria debelado caso o nível de chuvas permanecesse normal. Nõa permaneceu e estamos em uma das maiores estiagens de nossa história com registro de médias de temperatura altíssimas e históricas. Aliado à pressão da grande mídia e dos ambientalistas para não se fazer usinas nucleares e não se terminar as obras de Jirau, Belo Monte e Santo Antônio, hoje estamos em risco energético que nem de longe é o que ocorreu em 2001 com FHC. Há problemas e houve erros. Mas agora que se avizinha o limite técnico de 10% de nível hidrológico e efetivo risco de apagão, todas as medidas são corretas. Deve-se criar equilíbrio econômico-financeiro para os contratos das concessões que considere o fato novo de falta de chuvas crônico no Brasil e deve-se acabar com subsídio público a esse sistema que não deu totalmente certo. O aumento de tarifa tanto melhora as contas das concessionárias como desestimula o consumo irresponsável por consumidores fazendo aumentar energia livre no sistema. Justificado e responsável.
Conclusão: Assim, senhores e senhoras, desmistificamos a desinformação da grande mídia sobre eventual traição de DIlma a seus eleitores, ao mesmo tempo em que mostramos que a política anteiros não estava errada e que a adoção de medidas mais austeras agora não é meramente curvar-se ao mercado, mas uma imposição do momento para corrigir fatos, reflexos e rumos que a economia internacional e nacvional tomam nos dias de hoje, sempre a bem da sociedade e do País.
E mais, qual seria a diferença das medidas se fosse Aécio no Poder? As medidas em si seriam muito semelhantes, cremos. Entretanto o enfoque da atuação do governo seria muito diferente a nosso ver: Aécio, Armínio e o PSDB crêem que o controle da inflação por si só corrige a economia que, sozinha, evolui e se desenvolve a bem da econoia, lucros e empregos. Para essa lógica o desemprego que ocorresse com as medidas austeras seriam tratados, assim como pela mídia, como efeito reflexo natural e necessário. No atual governo, o desemprego não é mal necessário e deve ser combatido juntamente com inflação e ao mesmo tempo em que se busca o crescimento econômico. Essa abordagem trídua do problema econômcio privilegia um aspecto social da política que faz o povo sofrer menos, mas debela menos rapidamente a inflação.
Cada um que escolha que abordagem acha melhor para o País. O Blog Perspectiva Crítica fica com o modelo do atual governo, à falta de outro melhor a ser sugerido pela oposição.