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Crônica de uma inflação dentro da meta anunciada: inflação de 2016 fecha em 6,29%

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Bem, bem, bem… o que nós do Perspectiva Crítica dissemos ainda no entre março e abril do ano de 2016?! A previsão de fechamento da inflação do ano de 2016 prevista pelo mercado financeiro para 9,33%, o que foi sustentado ainda próximo disso até junho de 2016, terminou completamente equivocada, como dissemos, e dentro da meta, como dissemos.

Dissemos que era impossível que o ano de 2015, com aumento de gasolina em 50%, aumento de energia elétrica em 50% e problemas de safra por causa da estiagem gerasse 10,67% de inflação e que o ano de 2016, com previsão de recesso econômico maior, com desemprego em altas taxas desde o início do ano em sem previsão de melhora, sem o mesmo aumento para gasolina e energia elétrica produzisse inflação de 9,33% e que ficaria entre 7,5% a 6,5%. Ficou em 6,29%.

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Nós sempre dizemos pra vocês… o mercado sempre superestima a inflação como estratégia para forçar os juros da dívida pública para cima. Essa estratégia mantém os lucros nababescos dos bancos no Brasil sem igual no mundo. Este ano chegou a 8,5% os juros reais pagos pelo país por títulos da dívida pública. São 550 bilhões de reais pagos do orçamento público para este pequeno grupo de brasileiros e que, durante o ano de 2016, correspondeu a 1/3 (um terço) de todo o lucro do setor bancário!!

Veja o trecho que selecionamos de um artigo publicado no Jornal O Globo on line de 11/01/2017:

“Depois de um 2015 com inflação de dois dígitos, de 10,67%, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE, arrefeceu em 2016 e fechou o ano em 6,29%, voltando a ficar abaixo do teto da meta estabelecida pelo Banco Central (BC), que é 6,5%. O movimento foi puxado por elevações menores dos preços administrados e dos alimentos. No mês de dezembro, a taxa ficou em 0,30%, após alta de 0,18% em novembro e de 0,96% em dezembro de 2015. É a taxa mais baixa para o mês de dezembro desde 2008, quando ficou em 0,28%.”

Veja o artigo na íntegra em http://oglobo.globo.com/economia/inflacao-desacelera-em-2016-fica-em-629-abaixo-do-teto-da-meta-20757246#ixzz4VSwdFJ97

E reclama-se dos custos com servidor público. É uma grande piada. Este custo é de entre R$280 bilhões a R$330 bilhões, incluindo um contingente absurdo de 25 mil cargos em comissão só na área federal. Mas ao menos estes prestam serviços públicos ao país. Já os juros pagos além do necessário, eis que os juros reais não deveriam ser além de 4% ou 5%, montam o total de uns R$170 bilhões de reais!!! Como a previsão do déficit fiscal para o ano de 2016 foi de 139 bilhões de reais, o corte do excesso de juros reais transformaria o déficit fiscal em superávit da noite para o dia.

Isso é um absurdo!

Queremos que você veja como você foi enganado e ludibriado durante todo o ano de 2016 para acreditar no caos econômico que deveria ser combatido com reforma bárbara na previdência e nos direitos trabalhistas. Mentira! Os juros nababescos geram o déficit fiscal sozinhos!!!!!!! Acertados os juros, não seria nem necessário, apesar de que é salutar, qualquer reforma na previdência!!!! Só para você ter ideia do tamanho do engodo!!!!

Queremos deixar claro que não foi a mudança de governo que gerou a melhora econômica, mas que ela já estava contratada. É claro que se a Dilma continuasse a tomar medidas econômicas burras e eleitoreiras, como não tirar as medidas anticíclicas e ficar tentando dilapidar fundos públicos como o FAT e FGTS, uma hora o problema poderia ser irreversível, mas observe que não saiu a reforma da previdência ainda, não saiu a reforma trabalhista, nem a tributária e nem a política, e a economia e a inflação já estão com outra cara!!!!   

Foi porque, como dissemos, com a recessão a inflação cairia mesmo e com a recuperação dos preços do minério de ferro e do petróleo, a economia brasileira alavanca mesmo! Nós dissemos tudo isso. E tudo está acontecendo como dissemos e não como o mercado financeiro (Boletim Focus) previu e nem como a mídia divulgou (fim do mundo e caos econômico). Quanta irresponsabilidade destes dois segmentos da sociedade.

E ainda publicaram ontem que os 17 dias de folgas extras no Brasil esse ano, que gerarão alguns dias enforcados, gerarão um prejuízo à indústria e ao comércio de 68 bilhões de reais e que nem o ganho de bares, restaurantes e do turismo compensariam isso… e a vida do cidadão?!?! É tudo número econômico?!?! Que palhaçada!! E o turismo?!?! Não pode faturar? Nem bares e restaurantes? Que palhaçada.

Agora, a publicação do que dizemos desde a fundação do Blog Perspectiva Crítica, no ano de 2010, em especial neste último ano, sobre o custo orçamentário do excesso de juros pagos por títulos da dívida pública em relação à média paga pelos demais países emergentes, a importância disto no lucro dos bancos, a importância disto no déficit do orçamento, nada disso é publicado!! Observe bem.

O fato é: mais uma vez nossos diagnósticos e prognósticos econômicos estavam certos, fundamentados e tornaram-se fato concreto, ao contrário do que o mercado financeiro e a grande mídia publicaram durante todo o ano e que agora se mostra mentiroso.

Nosso objetivo é melhor informar você, cidadão. Queremos o bem da indústria e do comércio e dos bancos, mas não em excesso, não em dissonância do mundo todo e com certeza não ao custo de seus direitos previdenciários, direitos trabalhistas, direito à prestação de serviço público de qualidade e em quantidade (o que não existe com poucos e mal pagos servidores), não ao custo do orçamento brasileiro e criação de um déficit desnecessário e que depois é colocado na conta do trabalhador, servidor, aposentado e pensionista, e, por fim, não ao custo da piora de sua e da nossa qualidade de vida!

Feliz Ano Novo, leitor! E não se preocupe, enquanto a mídia te desinforma, nós estamos aqui, te informando para o seu bem, o da sociedade e o do país!  

Em breve falaremos sobre o absurdo que não é publicado sobre a Previdência Social, as soluções contábeis que não te contam e que diminuiriam a faca que metem nos seus direitos previdenciários, bem como falaremos sobre o problema que já tínhamos previsto de que não aceitando aumento de CPMF de 0,38%, o Estado, aplaudido pela mídia e pelo mercado financeiro, aumenta o imposto de renda para 35%… como pode? Por que pagar 0,38% é malhado na mídia, mas a previsão de aumento de imposto de renda de 27,5% para 35% não tem a mesma repercussão?!?! Acompanhe no próximo artigo e veja como você e nós somos feitos de otários pelo “mercado” e pela grande mídia, que é um grupo de grandes empresas e não paga imposto de renda (ao menos o de pessoa física que é alvo de aumento).. rsrsrs 

p.s. de 12/01/2017 – Texto revisado e ampliado.

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