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Coluna da Miriam de hoje “Canais de Contágio” – boas informações

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Pessoal, hoje, 09/08/2011, eu e Miriam Leitão estamos de pleno acordo. Sugiro a leitura da coluna dela de hoje, “Canais de Contágio”. Concordo praticamente 100% com o que está ali. Vale a pena ler.

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O problema mundial não tem a ver com nossa economia. A queda da bolsa brasileira reflete problemas externos e não internos mas isso não significa que somos imunes, claro. Nossa situação econômica é sólida e a segurança de nosso mercado bursátil faz dele a primeira opção de fundos e empresas e pessoas endividadas que precisam saldar obrigações. Assim, a nossa cai mais. Nosso mercado é tão sofisticado que cria essa possibilidade de liquidez melhor e, portanto, sofre mais em momentos como esse.

Sugiro a leitura da coluna e espero que Miriam ouça mais este tipo de analista. Os analistas que ela ouviu dessa vez não a induziram em erro e nem estão mal informados ou com segundas intenções ao passar informação. Dessa vez a análise que ela ouviu foi técnica e de qualidade mesmo.

abraços a todos e parabéns à Miriam. Quanto melhor ela fizer o trabalho dela, cientes nós de que ela é pressionada a trabalhar por informação, o que pode diminuir a qualidade produtiva diária, óbvio, melhor seremos informados. Ela é fonte boa de informação, isso é indiscutível. Os eventuais equívocos informativos corrigimos e apontamos aqui, mas a pedra bruta ela sempre traz.

p.s.: Senhores e senhoras… eu apontei um artigo bom da Miriam hoje, né? Agora leiam a coluna publicada no mesmo dia de Antonio Machado no Jornal do Commercio de 09/08/11, mesmo dia, intitulada “Antonio Machado:O veneno do euro”… pô.. é brincadeira. O nosso objetivo no Blog é criticar artigos. Então vejam os dois artigos e me digam se o Antonio Machado não é o cara? Falou em mesmo sentido e sobre a mesma coisa que a Miriam, mas olhem o nível do detalhe e da quantidade de informação de alto nível técnico. É brincadeira. Seleciono três trechos como exemplo:

“Os mercados financeiros precisaram derreter, na quinta-feira, com a razia acompanhando a rotação da Terra a partir da Ásia, para que o receoso Banco Central Europeu (BCE) saísse da redoma e retomasse a compra dos títulos de dívida soberana dos países da Zona do Euro rejeitados pelo capital. Já foi a Grécia, que não encontra mais comprador voluntário para sua dívida, e hoje são Espanha e Itália.

Ou agia assim ou até o fim da semana não haveria união monetária possível na região que se tornou o epicentro da crise que sacode o mundo desde 2008, hoje mais lá que nos EUA, quando furou a bolha de crédito no mercado americano. A percepção de risco amainou, mas sem sustar na sexta-feira as perdas nos mercados globais. (…)”

“(…)Não há inocentes no embate entre os patrocinadores da bandalheira do crédito e os governos dos EUA e da Zona do Euro — os mesmos que os salvaram da bancarrota em 2008, transformando dívida privada em pública, que agora repudiam, testando a capacidade de solvência de Tesouros nacionais arruinados por tais resgates e laxismo fiscal. (…)”

“(…)Os ataques recomeçaram, mas agora contra a Espanha, quarta maior economia do euro, e a Itália, a terceira, depois da França, sobre a qual já há questionamento sobre sua capacidade de crescer acima do serviço da dívida. A rigor, na Zona do Euro, só a Alemanha, os países escandinavos e a Holanda, todos com superavits externos, não estão “mal-falados” nos mercados. Há nisso um processo.

Para a banca e fundos, é como bater em morto, já que exploram as contradições de uma união monetária sem coesão fiscal e política. Mas não é só. Ao contrário do ocorrido nos EUA, o BCE não tirou da banca o grosso dos papéis podres, boa parte sob a forma de títulos de dívida soberana. Mesmo os países ajudados têm muita dívida não riscada dos balanços dos bancos. A ajuda de 109 bilhões de euros à Grécia, por exemplo, só dará para cortar 9% de sua dívida total.(…)”

Gente, é isso que você perde e muito mais não lendo Antonio Machado.. é covardia.

Nâo, cara, desculpa Antonio, mas vou publicar os dois trechos geniais finais. Pelo bem da informação da população. Foi mal. Vejam o nível da informação contida nesses dois trechos finais e vejam o que é ler a coluna do Antonio Machado:

“Então, fica assim: o mercado pede juros aziagos para rolar tais papéis, e agora de Espanha e Itália — economias viáveis em tempo normal, mas com dívida dependente de forte crescimento econômico.

Estudo do Centre for Economics and Business Research, um think tank inglês, diz que com dívida equivalente a 128% do PIB e 0,1% de crescimento econômico no primeiro trimestre, a situação fiscal da Itália só aguenta juros de 5%. No mercado, ela paga hoje 6%. A Espanha, com dívida pública de 75% do PIB, “com alguma sorte pode sobreviver”, diz o estudo. O dramático é que, quanto maior a perda desses papéis, maior a necessidade de capital pela banca e, assim, de aportes do BCE, vetados pela Alemanha, o sustentáculo do euro.

Mas sem riscar tais papéis, que são ativos podres para a banca e a pedra no caminho da Europa, não há crescimento na Zona do Euro, e mais difícil será a solução da crise para os EUA e no mundo.”

“Com o dólar, ainda que com má-vontade, demandado pelo mundo, os EUA não têm crise de dívida, mas fiscal, e agravada pela inépcia para fazer a economia crescer. Já a Europa não tem chance, com os US$ 2,2 trilhões de papéis de Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha, dos quais 81% com bancos europeus. Isso equivale, segundo estudo da Bedlam, gestora inglesa de fundos, a 59% do capital da banca europeia. O resto está com bancos dos EUA. Se todos forem forçados a dar baixa de 30% desse fardo, premissa razoável à luz das taxas com que os papéis têm sido negociados, a banca europeia terá perda de capital de 18%, e a dos EUA, 8%. Em tal cenário, a contração do crédito pode chegar a US$ 11,8 trilhões. É o tamanho da crise.”

Preciso comentar alguma coisa para vocês? Pô.. o domínio do cara é absurdo. Como é que alguém vai ler só o Globo e achar que tá informado sobre economia? Tá maluco!!! Assinem já o Jornal do Commercio os que se interessam por economia galera, não tem jeito.

Abs

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