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Análise Econômica Interna e Externa outubro/2011 – Juros, inflação, Pib e perspectiva sobre bolha imobiliária, inclusive aluguéis.

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Trago um artigo do Jornal Globo On Line que vale a pena ler. Acesse: http://oglobo.globo.com/economia/mat/2011/10/27/premio-nobel-de-economia-diz-que-risco-de-colapso-do-euro-nao-acabou-mas-esta-menor-925676528.asp

Pessoal, as consequências da admissão européia do calote grego em 50% da dívida são ótimas. Isso facilita um quadro de recuperação européia, o que ainda está longe de ser uma realidade indiscutível. Mas a evolução está indo bem.

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O artigo que aponto como devendo ser lido está 100% na direção da nbossa análise. Controle de inflação, neste momento, assim como corte de despesas não é o mais importante porque “sem crescimento econômico é impossível saldar as dívidas” (citação livre do prêmio nobel em economia entrevistado).

O que dizíamos aqui? Cadê o prêmio Nobel do Blog? Rsrsrsrs

Quem nos acompanha já sabe… nossa análise não muda ao sabor da publicação de mídia e por isso nossos leitores não têm surpresas…

Qual a situação? Internacional, gente, é o seguinte. A boa decisão européia afasta o risco de quebra européia em curto prazo. Mas o importante é EUA, Japão e UE voltarem a crescer. Com queda de emprego e renda economias não se retomam. Portanto, olho nesses indicadores.

Como não há previsão de crescimentos econômicos e de emprego e renda significativos nos EUA, UE e Japão, grandes economias que giram o mundo, a previsão é de pequena demanda internacional de commodities (petróleo e minério em especial) o que gera baixa dos mesmos, baixa de pressões inflacionárias pela perspectiva externa e libera o Brasil para continuar baixando Selic tranquilamente.

A continuidade de política correta de distribuição de renda (Bolsa família e demais programas sociais), aliado à baixa de juros pode parar a retração da economia e manter o índice de desemprego ou baixá-lo, compensando internamente a falta de demanda externa para nossa produção. Temos de manter crescimento econômico e não podemos admitir queda do mesmo além do que já está ocorrendo. Crescimento abaixo de 4% é prejuízo grave para nossa economia e nossas pretensões de melhora de mercado de trabalho, na busca pelo pleno emprego, assim como na busca pela melhora de qualidade de vida da população e aumento de renda per capita até padrões hoje europeus (US$45.000,00). Hoje nossa renda percapita é de US$10.000,00 e devemos chegar a US$21.000,00, como a Coréia do Sul.

A queda de taxa de juros é urgente e necessária e está atrasada, mas antes tarde do que nunca. Isso diminuirá peso de pagamento de dívida e baixará nossa relação dívida/pib. É assim que devemos continuar. O potencial brasileiro é de baixa de juros até 8 a 9% nesse momento. Em seguida deveremos desindexar a remuneração da poupança para viabilizar mais queda de juros de forma responsável. Esperamos que a mídia e a oposição não digam de novo que isso é roubar a poupança! Por favor, responsabilidade nessa hora. Os juros reais pagos pelos EUA, UE e Japão são negativos em até 2,5%, se descontar-se a inflação (2,5% a 3% em média) da remuneração da dívida pública (0,5% a 1,25% em média) através de juros. Nós, que temos economia melhor que todos eles, devemos chegar a pagar, num primeiro momento, de 2% a 3% de juros reais, no máximo.. no máximo. Portanto, com inflação prevista de 6,5% para 2011 (será abaixo) e de 5,4% em 2012, deveríamos pagar juros selic, hoje, no máximo, de 9,5% em 2011 (estará em 10,5% em dez/2011, na melhor das hipóteses) e de 8,5% no máximo em 2012 (a previsão é de 10%). Cada 1% a mais de juros sobre 1,8 trilhão de dívida são 18 bilhões de reais gastos imotivadamente, ou seja, 2,3 vezes o aumento do Judiciário (que não precisa desse valor pois o orçamento do Judiciário sozinho paga essa necessiade de investimento estatal), 1/3 de todo o aumento necessário de investimento em saúde para satisfazer nossas necessidades em todo o País (estimados em 60 bilhões de reais pelo antigo Ministro da Saúde em entrevista à Marília gabriela em 2010) ou equivale ao aumento do piso dos policiais em todo o País (de uma vez só). Cada estação de metrô no RJ custa um bilhão de reais ou 3 bilhões contando com toda a construção de túneis para ligá-la ao sistema;logo são 18 estações em todo o Brasil ou seis ligadas à rede de metrô. Tudo isso seria prestação de serviço público à população, mas pagamos imotivadamente mais de três vezes isso a banqueiros nacionais e internacionais… e a cada ano!!!! Então baixar juros é uma meta. Estamos indo, agora, bem nesse caminho.

Internamente as famílias ainda estão endividadas e isto permanecerá por um tempo (não menos de três anos), portanto, a tendência em relação à imóveis e aluguel continua a mesma: tendência de queda por este ano e pelos próximos (três anos, creio – a capacidade de endividamento da família anda de mãos dadas com valorização de imóvel, além é claro da disponibilização de terrenos no local de construção, claro). O valor de aluguéis e imóveis cresceram além da renda existente. A correção está a caminho.

Por outro lado, haverá sensação de riqueza relativa em relação ao exterior, pois precisando de valores, os países ricos baixarão preços de serviços e bens e viagens para o exterior serão mais fáceis (principalmente porque o câmbio tem que ficar controlado entre 1,60 e 1,80, para estabilidade da nossa economia e o BACEN tem como fazer isso: 380 bilhões de dólares em reservas cambiais fora o Fundo Soberano). Mas que não se confunda isso com a nossa situação interna. Hoje, ser rico para fora está mais fácil do que ser rico aqui dentro… quem mora no RJ e São Paulo que o diga.

Inflação está controlada, e como o prêmio nobel falou na entrevista citada acima, “há exagero de agressividade nas medidas contra a inflação no Brasil” (citação livre). O que falávamos?

Baixem o juros Selic e controlem a inflação com medidas macroprudenciais como estava sendo feito em dezembro de 2010. Isto é o correto para o Brasil.

Seguimos juntos.

p.s.: revisto e ampliado

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