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A Nova Política Econômica Internacional Chinesa, publicada por Blog Theotonio dos Santos

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Pessoal, importante termos acesso a novas idéias e que, segundo o nosso Blog Perspectiva Crítica, correspondem a uma realidade que a nossa grande mídia não pode publicar, sob pena de enfraquecer uma perspectiva de uma realidade eurocentrista e americanocentrista que não mais corresponde à realidade em qualquer dimensão.

Estamos devendo a vocês uma pauta de temas que será apresentada nesses próximos dias.

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Por enquanto, fiquem com essa ótima transcrição de um artigo moderno, que toca em tema totalmente real e atual e cujo conteúdo, assim como o dos artigos deste Blog, não é foco da pauta da grande mídia brasileira, para nosso infortúnio e nossa perda de qualidade informativa e noção da dimensão real do espaço e ambiente econômico, sociais e políticos mundiais.

A China está avançando sobre o mundo e está criando uma concorrência com os EUA e Europa que cria ambiente de maior liberdade financeira, econômica e, pasmem, política para os países que antes estavam mais ou menos subjugados pela trilateral EUA-Europa-Japão. Nós, o Brasil, fazemos parte deste protagonismo, participando da criação do G-20, dos BRICS e do Banco dos Brics, bem como não admitindo que acordos de abertura e liberdade comercial se dêem conosco com exclusivas benesses aos países até hoje hegemônicos (EUA-Europa-Japão).

Incrível como até agora a grande mídia brasileira pouco falou do Projeto da Ferrovia Transoceânica que será financiada em grande parte pela China e atravessará o Brasil e o Peru, ligando o Oceano Atlântico ao Pacífico, criando um canal de escoamento para produtos agrícolas e manufaturados brasileiros e da América Latina em um corredor que concorrerá com o Canal do Panamá que é administrado pelos EUA.

Também não dá, nossa grande mídia, a devida dimensão para a concorrência que o Banco dos Brics pode criar ao FMI e ao Banco Mundial, colocando o Brasil, China, Rússia, ìndia e Àfrica do Sul em mesma posição dos EUA-Europa-Japão no ambiente econômico mundial, em parâmetro de financiamtneo de exportaçõ de bens e serviços a todo o mundo e em parâmetro de perspectiva de cresciumento e fortalecimento econ^micos desses países de forma totalmente autônoma em relação ao grupo antigamente hegemonicamente incontestável, EUA-Europa-Japão.

Também os EUA perderá a hegemonia na circulção de informação via internet, pois a seu cabo de transmissão de dados que unia o mundo através da Europa, será construído um anla paralelo entre Brasil e Europa, depois da gafe internacional dos EUA em ser flagrado e denunciado por Edward Snowden, herói internacional, espionando civis, militares e governos aliados dos EUA, americanos e todo o mundo através de grampos e programas e escutas e sua rede de transmissão internacional de dados.

Nada disso chega devidamente a você, senão por nós do Blog Perspectiva Crítica e pela Mídia Social. A Grande Mídia brasileira continua refém de um sistema que está se enfraquecendo e esperamos que em breve e cada vez mais ela possa se libertar desses grilhões do eurocentrismo e americanofilismo desmedido e possa contribuir para analisarmos um mundo realque existe e se impõe e que tem reflexos importantes para o futuro do nosso país e de nossa civilização: o Brasil.

Abaixo trancrevo o artigo publicado no Blog Theotonio dos Santos que ajuda a você, leitor, a entender o que de fato ocorre no mundo atual e lhe é sonegado pela grande mídia. Boa leitura.

“A NOVA POLÍTICA ECONÔMICA INTERNACIONAL CHINESA

Nos últimos dois anos o Partido Comunista da China assumiu as responsabilidades crescentes de sua atuação mundial. Até dois anos atrás a China buscou evitar o máximo possível uma intervenção na situação política e econômica mundial. Contudo, dois fatores a obrigam a rever essa posição. Em primeiro lugar, os EUA, seu Governo e grande parte de sua opinião pública acreditam que pode bancar o mesmo nível de intervenção que tiveram ou aspiraram a ter desde o final da Segunda Guerra Mundial. Em consequência vem provocando situações políticas e econômicas totalmente arbitrárias, subjetivas, que provocam graves repercussões em grande parte do planeta. Particularmente no plano econômico devemos destacar a diferença entre um EUA que sai da Segundo Guerra Mundial com 47% da economia mundial e os EUA atual que representa cerca de 15% do PIB do Mundo.

Também é muito clara a diferença entre um EUA cercado de uma Europa destruída, uma Ásia gravemente afetada por guerras locais e uma África e uma América Latina timidamente expostas a buscar caminhos próprios. Para consolidar sua posição de domínio a classe dominante desse país busca criar um inimigo mundial que lhe permita consolidar sua influência e da inicio à Guerra Fria, colocando em questão grande parte dos acordos estabelecidos com a União Soviética, Nação vencedora da Segunda Guerra Mundial, mas combalida pela perda de mais de 27 milhões dos cidadãos.
Ao mesmo tempo o EUA se vê atraído para um projeto de suceder as potências coloniais europeias diante de um grande movimento nacional democrático mundial anti – colonial e anti – imperialista. Essa posição foi em parte bem sucedida no apoio a independência da Índia e o apoio ao Kuomintang, frente de forças políticas da China dirigidas por Chan Kai Chek. A política de Guerra Fria levou de imediato ao rompimento dessa frente quando o Exército Vermelho assumiu então o controle de toda China continental, cabendo as tropas de Chan Kai Chek refugiar – se na Ilha de Formosa com apoio dos EUA. De imediato como forma de combater a República Popular Chinesa, nascida desse confronto, as forças militares dos EUA interviram na Coreia para tentar assegurar o controle de todo o país, não conseguindo passar, contudo, do famoso paralelo 38, onde a Coreia do Norte apoiada pela China conseguiu impor – se e derrotar a invasão norte americana.
Em seguida os EUA se viu na necessidade de deter a revolução na Indochina, onde o Vietnã elegeu Ho Chi Min e as tropas francesas tentaram manter – se no poder tendo que recuar para o Vietnã do Sul depois da impressionante vitória dos vietcongues. O fracasso do colonialismo e a instabilidade do Vietnã do Sul levou os EUA a assumir a defesa dos governos impopulares desta aventura estatal chegando a colocar 500 mil homens e a mais alta tecnologia militar que os levou a derrota definitiva em 1973. Durante essas aventuras tão sangrentas os EUA continuo a lutar para suceder os regimes coloniais com uma política neocolonial apoiada sobretudo no plano econômico pelo FMI e o Banco Mundial que haviam sido criados no pós– guerra e colocados a serviço dessa política neocolonial. O custo de todas essas aventuras militares, particularmente da confrontação direta com a União Soviética, criou um grave problema fiscal nos EUA que agravou a perda de vigor da economia deste país ao ponto de ter que recorrer a um calote mundial ao abandonar o compromisso assumido depois da guerra de manter o dólar estável de acordo com o padrão ouro. Desde 1970 para cá, os EUA tem lutado para manter – se na liderança do Mundo sendo que na década de 1990 e 2000 se aventurou em guerras no Oriente Médio que levaram a perda de influência sobre o Iraque, depois de uma invasão com 150 mil homens, e, sem seguida, sobre o Afeganistão entrando em contradição com forças políticas locais que apontam para uma perda cada vez mais forte de influência sobre a principal zona de exploração de petróleo no Mundo.
Neste ínterim as grandes potências que se impuseram como Nações independentes começaram a dirigir sua própria economia com a forte direção de seus próprios Estados criados como resultado da sua independência dos poderes coloniais. Não é aqui o lugar para entrarmos em detalhe desse processo, mas assinalaríamos sobre tudo a Conferência de Bandung em 1955, na qual os dirigentes da China, da Índia, do Egito, da Indonésia, da Iugoslávia propuseram a sua própria visão do Mundo na qual prevalecia o questionamento da Guerra Fria, a política de paz, o desenvolvimento econômico e social e a capacitação de seus povos para a gestão de seus Estados Nacionais e com a forte afirmação de suas soberanias nacionais. Não é aqui o lugar também para também destacarmos as políticas que seguiram esses países, mas é necessário ter claro que a destruição dos Estados coloniais foi suficiente para assegurar – lhes a criação dos instrumentos políticos, ideológicos e econômicos que depois de muita luta vão se impondo contra as políticas neocoloniais e imperialistas. Dentro desse contexto é especialmente significativo a presença da China com 1 bilhão e 300 milhões de habitantes que vai ser chamada pelos EUA na década de 70 para dividi– la e separá – la totalmente da União Soviética. Foi um erro de cálculo, mas também uma necessidade econômica. A China deu ao movimento dos novos países industriais que se expandiram para os mercados dos EUA e da Europa não só o subsidio demográfico, como também civilizatório que a permitiu converter – se rapidamente e de maneira espetacular na principal potência do Mundo. É verdade que falta ainda muitos elementos econômicos, sociais, políticos e culturais, para ocupar plenamente essa condição. Mas sua taxa de crescimento de 10 a 8% ao ano lhe permite dobrar o seu PIB a cada 6 ou 7 anos, enquanto Europa e EUA veem limitados seus crescimentos a padrões de 1 ou 2% ao ano, no máximo, ficando para trás na corrida econômica mundial. Inclusive para sustentar seus padrões de consumo EUA e Europa recorreram recentemente ao endividamento combinado com deficit comercial e deficit fiscal gigantescos. Hoje os EUA tem uma dívida equivalente ao seu PIB, enquanto a Europa quase toda esta na mesma situação ou pior e, também, o Japão. Desta forma a trilateral que buscou rearticular os 3 continentes na década de 70 e 80 foram levados a uma evidente decadência, enquanto a Ásia, sobre a liderança da China, numa gigantesca economia em pleno desenvolvimento. Este desenvolvimento se expande para outras áreas do Mundo como a África e a América Latina trazendo uma poderosa demanda mundial para o chamado terceiro mundo e convertendo os ideais de Bandung nas forças mais dinâmicas para a condução do Planeta a sua sobrevivência e não ao holocausto nuclear e ambiental que nos impõe o domínio do imperialismo norte americano.
Se percorrermos as últimas “reflexões” da imprensa a serviço da produção de subsídios para as estratégias de poder mundiais, veríamos, por exemplo, o último número de Foreing Affairs no qual não só procura fazer um balanço da superioridade crescente da China na economia mundial, como se vê obrigado a autocriticar seu desprezo pelas mudanças estratégicas e geopolíticas em marcha a partir dessa nova situação mundial.
Além de buscar alento com previsões negativas sobre a capacidade da China de manter suas políticas de desenvolvimento se veem na necessidade, por exemplo, de chamar atenção para o impacto das relações entre China e Rússia no que Ivan Krastev e Mark Leonard chamam de “como Putin está desagregando a Aliança Atlântica”. Ao mesmo tempo vemos a surpresa diante das inovações financeiras trazidas pela China. Ou então o reconhecimento da crescente reestruturação estratégica mundial com a retomada da estrutura de poder econômico euro-asiática. Também é claro a sua apreensão diante do crescimento dos BRICS. O Banco dos BRICS, apesar de diminuir totalmente a importância do FMI e do Banco Mundial, é somente uma parte de uma estratégia de ação financeira. Os recursos que a China destina para a América Latina são suficientes para reestruturar totalmente essas economias permitindo que estejam afastadas definitivamente dos mecanismos de sub exploração de um EUA e Europa que devem mais do que produzem e que trabalham com ficções financeiras para retirar recursos das Nações exportadoras. É assim que de repente sabemos que a China destinará 53.3 bilhões de dólares a investimento no Brasil e busca converter em realidade a unificação dos Oceanos Atlântico e Pacífico, que transformaria o Brasil realmente em uma potência global. Mas se nós não tomamos em consideração o Banco da Ásia que já atraiu mais de 24 países da Europa, da Austrália e de outras regiões do Mundo podemos compreender quão absurda é a incapacidade da nossa classe dominante de aproveitar essas perspectivas históricas novas.

O destino dessas classes dominantes é o mesmo das oligarquias latino americanas que tentaram manter – se sobre o domínio espanhol e português ou mesmo do sul dos EUA, que tentou impedir o avanço do norte numa guerra civil de 2 milhões de mortos que os derrotou na base mesmo de seu poder que era o regime escravista com aspirações de livre mercado tentando impedir ao norte a imposição sobre o sul com suas tarifas dos seus produtos industriais. O livre cambismo do sul sofreu uma derrota definitiva na guerra civil dos EUA, que a partir do seu protecionismo até hoje tão violento conseguiram impor o desenvolvimento econômico dos EUA.
Para que nossos leitores possam conhecer análises mais realistas do que a nossa imprensa costuma apresentar, proponho a leitura do artigo sobre os limites da diplomacia econômica dos EUA publicado pela Alba Notícias e escrito por Humberto Mazzei, onde se pode ver as tentativas de adaptação dos EUA a essa nova situação mundial. Uma classe dominante que aceita submeter – se a essas imposições não tem muito futuro …”
Nós do Blog Perspectiva Crítica estamos atentos para trazer a você a indformação de qualidade que correspónda à relaidade do nosso mundo atual. E nesse deisderato temos obtido absoluto êxito e nos esmerado a lhes proporcionar informação totalmente comprometida com o entendimento profundo e mais imparcial com uma realidade que a grande mídia lhe sonega por princípio, mas também por necessidade. Esperamos que nossa ajuda termine por libertar a própria grande mídia e que ela, diante de fatos incontestes publicados pela Mídia Social e que repercutirá pelo peso da realidade que noticiamos, possa se libertar da sonegação informativca que executa e passar a publicar com mais liberdade e comprometimento com os interesses soberanos do país e do cidadão brasileiro.
Nós acreditamos em um mundo em que o capitalismo pode ser mais humano e civilizado e em que o nível da qualidade de vida, ao menos no Brasil,  o quanto antes possa se transformar em algo próximo ao que se vive nos países nórdicos ou na Alemanha, França, Inglaterra ou Holanda. Esse é nosso objetivo e ao qual incitamos você a nos ajudar a alcançar.
Grande abraço.
Blog Perspectiva Crítica
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