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Comentário Econômico julho de 2014 – parte 2 – inclusive sobre a queda do PIB, queda da produção e venda de energia elétrica pelas indústrias

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O artigo “Com freio no PIB e alta na tarifa elétrica, indústrias ganham R$289 milhões vendendo energia”, acessível em http://oglobo.globo.com/economia/com-freio-no-pib-alta-na-tarifa-eletrica-industrias-ganham-289-milhoes-vendendo-energia-13322826, está muito interessante. A abordagem também não foi a comum, alimentadora do caos, como o Globo costuma fazer.

Observem, esse movimento, como é dito no artigo, é uma boa opção para as indústrias, neste momento de previsão de baixa do PIB. Vamos analisar algumas questões em torno disso.

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O preço da energia elétrica no mercado à vista disparou. Por quê? Somente por causa da mudança de marco regulatório pelo governo? Não. A mudança dos contratos, que não foram de forma autoritária como dizem os jornais e nem sem fundamento, como já pudemos ver em outros artigos, criou uma conta para a União, sim, em um primeiro momento. Mas se houvesse a construção das usinas hidrelétricas e nucleares, além de normalização de chuvas, haveria produção de energia que diminuiria ou acabaria com esse valor deficitário inicial de 8 bilhões de reais.

Então a causa do déficit financeiro no sistema elétrico, para quem quer informar a população, deriva de: (a) mudança nos contratos e diminuição das tarifas somado a (b) falta de construção de mais geradoras, (c) grande período de seca que prejudicou a produção normal de energia elétrica via hidrelétricas e obrigou o fornecimento por período muito grande de energia via termelétricas.

Estes fatos somados reduziram o fornecimento de energia no mercado à vista, gerando aumento do preço da energia no mercado à vista.

Entendidas as causas do aumento do preço da energia à vista. De quem é a culpa por esta situação?

Observem, primeiramente eu culparia o governo, se houvesse dados sobre o eventual benefício/malefício que a mudança de tarifa de energia elétrica proporcionou ao crescimento do PIB e à criação de emprego, bem como em relação à respectiva arrecadação de tributos e sustentabilidade do déficit de 8 bilhões de reais em 2013 e de 13 bilhões de reais em 2014. Mas esses dados não existem. Então, a culpa do governo por simplesmente tentar beneficar a sociedade e diminuir custo Brasil da forma que o fez, fica dífícil de ser defendida como única e certa.

As condições climáticas com certeza têm culpa. pois que se houvesse chuva normal, ao que parece, o déficit financeiro poderia já ter sido compensado e até zerado. Por quê? Porque haveria mais fornecimento de energia e com cresicmento do pib, o aumento de consumo geraria também aumento de massa de energia contratada. Mais quantidade consumida poderia compensar a abixa do proço e equilibrar as finanças do sistema elétrico.

Então, neste momento, é possível ver que mais produção ajudaria todo o sistema. E por  que não há mais produção? Por causa de falta de chuva, mas, principalmente por causa das barreiras que verdes xiitas e muito principalmente a mídia causou com a política de contestação e impedimento da construção de Belo Monte, Santo Antônio e Jirau, além das usinas nucleares (essas últimas com prazos mais longínquos de término de construção).

Somos a favor da defesa do meio ambiente. Somos a favor do deate público para construção de hidrelétricas. Somos a favor da publicação livre da imprensa sobre o assunto.. mas sejamos sinceros.. no início chegou-se a uma paranõia verde tão grande e irrazoável em relação à construção das hidrelétricas  que são muito menores dao que a que a China constrói em “Três Gargantas”, que até astros de Holiwood vieram ao Brasil, sob a trilha sonora e pano de fundo do filme “Avatar” para posar de defensores da natureza… nossa mídia adorou. E ao invés de gerar o debate sério sobreo o problema, passou a atacar, a apoiar o impedimento das construções, todos em sintonioa pela defesa do verde.. sem pensar no crescimento do Brasil e da necessidade de geração de energia elétrica para nosso crescimento, claro.

Então, temos aí o rol de culpados e a mídia está dentre eles. Somente a Rede Bandeirantes fez uma série de reportagens comentando as vantagens da construção das usinas e o desçenvolvimento local que tais construções estavam proporcionando, além das vantgens para o Brasil em tais construções. Faça-se justiça.

Visto isso, e a recente opção de indústrias em vender energia ao invés de produzir? è boa para o Brasil?

Sim. Excelente! O PIB está caindo. Por quÊ? Porque, senhores, a economia mundial está mal. O último semestre os EUA teve queda de 3% do PIB. 3%. Valor anualizado.. só pode ser. A França está em recessão. Alemanha também teve queda do PIB. E aí, o Brasil vai vender para quem?! Se não vende, baixa PIB, senhores.

Além disso, passamos por uma abusrda onda de arrocho financeiro com aumento consecutivo da Selic por quase um ano. Estamos em 11%, pagando juros reais maior do que Venezuela, Argentina, Grécia, Espanha, qualquer um. Mas pergunto, há risco de não pagarmos dívidas internacionais? Não. Estamos em recessão? Ainda não. A inflação alta era baseada no quÊ? Demanda geral? Não. A inflação não está mais disseminada em vários produtos e setores. Ninguém publica isso… agora. Quando esteve disseminada por vários setores por dois ou três meses, isso foi publicado diariamente. Então, onde se concentrou a inflação que o jros alto atual quis controlar? Em alimentos e petróleo, combustíveis… isso nem é considerado para calcular inflação nos EUA, pois não tem a ver com demanda, mas com condições climáticas e com, no caso de petróleo, uma variável complicada, que depende de guerras.. etc.. o preço não tam oscilçaçaõ normal de oferta e demanda, produção e consumo.

Então, com base nessa inflação em grande parte devida a alimentos, os juros selic foram levados à estratosfera. Tudo bem que a inflação de serviços foi mais resistente.. mas isso devido à política de valorização do salário mínimoi e ao baixo desemprego. E qual o percentual dessa inflação de serviços no índice geral? Parece que menor do que o de alimentos e combustíveis juntos.

Então, voltamos a dizer, os juros altos criaram um grande problema. Pois ele atrai dólares. Isso baixa a cotação do dólar, o que ajuda a baixar inflação mas incentiva importação, que prejudica a produção industrial. Então o juros alto atraiu dólares, está baixando inflação e produção industrial. Daí a baixa do PIB. Além disso, o juros alto garante retorno financeiro alto no Brasil, desestimulando o industrial e a classe produtiva a produzir.  Assim, ao invés de investimentos e aumento de taxa de investimento, temos dinheiro indo para bancos. E isso baixa produção industrial e o PIB. Segunda consequÊncia negativa dos juros altos em 11% no Brasil, e ambas determinando baixa de inflação, baixa de produçao e baixa de PIB. E baixa de produção e de PIB leva a quê? A diminuição de contratação e depois a aumento de taxa de desemprego. Isso estará ocorrendo.

Mas não é só isso. As pessoas compraram muitos carros e imóveis. Estão endividadas e já há tempos a família brasielira naão consome demais. Então o PIB vem encolhendo desde 2010, quando chegou ao crescimento de 7,5%, no ápice das medidas anticíclicas adotadas pelo governo para impedir aqui a recessão que ocorria nos EUA e Europa por conta da crise de 2007/2008. Então, as pessoas já endividadas desde 2010, estavam comprando menos. E isso gera menos demanda. E isso também sinaliza que as empresas devem produzir menos. Chegamos então a hoje.

Hoje, com esta configuração de coisas, a energia elétrica à vista está cara, não há previsão de deamanda para produtos produzidos pelas indústrias e estas decidiram diminuir produção e vender energia elétrica. Isso não é propriamente ruim e só é possível devido ao grau de sofisticação que o mercado de energia apresenta hoje. Hoje as indústrias podem parar de produzir e ganhar dinheiro com isso. Quais as consequências reais?

A inflação pode cair com menos negócios. As indústrias podem adequar seu ritmo de produção, com menos prejuízo. e pode haver um pequeno aumento de oferta de energia no curto prazo e baixar o preço da enegia elétrica a curto prazo. A intensidade de tudo isso, com perda de postos de trabalho, impacto inflacionário final, impacto no crescimento econômico, ficaremos sabendo no fim do ano, mas colocar toda a culpa da queda do PIB e da diminuição da criação de postos de trabalho na alteração do marco regulátório do sistema elétrico efetuado pelo governo é muita simplicidade de causa para algo com pelo menos mais duas causas: altos e desnecessários juros básicos a 11% e falta de chuva e auemnto de produção de parque de geração de energia elétrica hidrelétrica e nuclear… e nisso, até a mídia teve culpa.

p.s. de 25/07/2014 – alterado título do artigo para demostrar que é o segundo comentário econômico de julho de 2014.

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