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Comentário ao artigo “Dilema Tostines nos juros”, publicado na coluna de Noblat

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Tentamos publicar o comentário diretamente no Blog do Noblat, mas não foi autorizado.. talvez por falha no sistema.. rsrsrs.

O artigo, que não foi escrito pelo Noblat, claro, é quase excelente sobre o tema ‘por que não se baixa juros” e ” quando se baixarão os juros”, que é objeto de discussão do nosso Perspectiva Crítica desde sua fundação, em 21/06/2010.

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Nós teceremos em breve, antes do fim do mês a “Análise Econômica Interna e Externa”, como sempre fazemos trimestralmente (estamos atrasados, sabemos), mas agora a publicação de um texto interessante sobre esse raro tema e de profundos reflexos no orçamento público e retomada de crescimento do país exigiu imediato comentário, daí esse artigo.

O artigo em comento informa que o Banco Central vive um dilema hoje  que consiste na seguinte questão: ” a taxa não deve cair enquanto o resultado fiscal não melhorar ou o resultado fiscal só vai melhorar quando o juros caírem”.

Como não consegui publicar o comentário na página do “O Globo” e coluna do Noblat, publico aqui meu comentário:

“Isso é discussão de nível. Finalmente alguma coisa sobre o juros. É um absurdo, já admitido e entubado pela sociedade brasileira, pela mídia e pela “inteligenzzia” do mercado, o pagamento pelo Brasil de juros reais que esse ano podem chegar a 7% ao ano, enquanto países emergentes pagam média de 2,5% reais ao ano e não têm a democracia que temos, a segurança jurídica que temos e alguns estão até em território ou diretamente envolvidos em guerra.

Enquanto a grande mídia brasileira não questionar isso frontalmente, esse absurdo que sorve desnecessariamente um valor do tamanho de todo o custo do funcionalismo federal em todo o país ao ano (paga-se pelo menos 200 bilhões de reais de excesso de juros anuais e o custo de servidores é de 230 bilhões de reais); enquanto não for denunciada essa extorsão orçamentária do Estado e contra a sociedade brasileira que é comentário de escárnio e piada entre economistas estrangeiros sérios; enquanto não se entender que baixa de juros básicos pode ser compensada com medidas macroprudenciais que não têm impacto nas finanças do Estado (mas que diminuem lucros de bancos), não haverá diminuição de juros básicos, mantendo crescimento vegetativo da economia e alta taxa de desemprego, prejudicando a oferta de produtos em sociedade que poderia combater a inflação pelo lado da oferta.

Triste. Palmas para os bancos, que têm 30% de seus lucros nababescos atuais em juros provenientes de títulos da dívida pública. Quem quer mexer nisso?  O prejuízo é da sociedade, de cidadãos e da indústria brasileira, além, claro, do orçamento público.”

Acesse a íntegra do artigo comentado em http://noblat.oglobo.globo.com/geral/noticia/2016/09/dilema-tostines-nos-juros.html#comments

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