Início Colunas Crítica ao artigo “Falsa Solução” do Editorial do O Globo e repetido...

Crítica ao artigo “Falsa Solução” do Editorial do O Globo e repetido no Noblat

791
0

É incrível como se você acompanhar os fatos sobre os quais um jornal de direita (ou conservador) publica e entender um pouco sobre o que ela publica você pode ver os erros crassos de premissas e, portanto, erros crassos de conclusão.

E no caso de comentários de Noblat.. meu Deus do céu… mistura uma coisa com outra, dá um mínimo fio de lógica e termina falando a maior besteira sobre o assunto, mas com total “autoridade”… é mais do que ridículo.. é criminoso e desinformativo de toda a sociedade!!

- PUBLICIDADE -

O tema do artigo e editorial em comento é o financiamento de campanhas políticas. A “falsa solução” que o artigo de Noblat e o Editorial criticam é a do financiamento público de campanhas. Criticam o STF por ter decidido impedir o financiamento de campanhas políticas por empresas. Criticam o aumento do fundo partidário de R$300 milhões para R$890 milhões, “ainda mais em período de crise” (rsrsrs).

Mas não se para por aí.. Noblat ainda faz a total mistura mentirosa de ideias dando a impressão de que financiamento público integral de campanhas é ideia petista e que a proposta de reforma política para que haja voto em lista fechada de partido também é petista.

Veja e gargalhe com a palhaçada confusa e mentirosa escrita na coluna do Noblat. Sim, porque não é possível que ele não saiba sobre o que está escrevendo. Eu prefiro pensar que mente a que escreve sem saber o que escreve.

Observem. Primeiro, a ideia de financiamento público integral de campanha não é do PT, mesmo que haja um projeto antigo deles nesse sentido. Isso é uma conclusão dos partidos de esquerda. Por quê? Porque os partidos de esquerda nunca tiveram tanto dinheiro para os financiar do que os de direita, por óbvio.

Então, o financiamento de campanhas políticas por empresas criava um desequilíbrio, pois os partidos que defendiam teses que beneficiam ricos e grandes empresas nacionais ou transnacionais eram muito mais financiados do que partidos que defendiam os direitos do cidadão comum e de pequenas e médias empresas. O financiamento público integral de campanha acaba com essa diferença, pois todos os partidos teriam de se financiamento.

Com o financiamento público integral de campanha o fator (muito) dinheiro sai do jogo e ficam só as estratégias de marketing, limitado a poucos valores a serem gastos, dentro do orçamento público ou mediante doação de trabalho de quem acredite no partido, e debate de ideias!!! Isso não é bom?!?! É ótimo.

Então não foi o PT que criou a ideia de financiamento integral, mas a esquerda e os partidos de centro-esquerda. Mas por que dizer que o PT criou isso? Para que você fique contra. Pois o impedimento de financiamento de campanha política por empresas quebrou a influência na condução da política que existia na medida em que os políticos ficavam dependentes e endividados com o dinheiro que recebiam para suas campanhas. Então, Noblat e o Editorial do Globo defende um uma “melhor forma de financiamento” com mais transparência e controle, mas não retirando o dinheiro das empresas das campanhas dos políticos, percebe?

E ainda juntam a ideia de que o PT defende o financiamento integral da campanha com a de que somente o PT quer votação em lista fechada. Veja o trecho destacado da coluna do Noblat:

“Na estratégia petista, a lógica é, a partir da estatização total das finanças da política, aprovar o voto em lista fechada, para estabelecer de vez o poder das cúpulas partidárias, responsáveis por definir quem entra e onde nas listas, a serem votadas pelo eleitor, no escuro.”

Veja a íntegra em http://noblat.oglobo.globo.com/editoriais/noticia/2017/04/falsa-solucao.

A lista fechada não foi ideia do PT. Foi ideia do PMDB e está sendo apoiada pelo PT, PSDB, por todos os partidos que têm grandes nomes de suas legendas em risco de não serem eleitos, caso não haja a lista fechada, em que o cidadão vota no partido e o partido é quem escolhe a lista de candidatos a representar a legenda, em lista classificada pelo partido.

E a crítica ao STF? Me digam do que entende Noblat sobre Direito. E do que entendem os jornalistas que integram o editorial do Globo? Sobre esse tema de campanha? Gente… temos duas respostas ou nada e falam besteira, ou entendem sim, e têm interesse no financiamento de campanha política por empresas.

A decisão foi por maioria no STF e as razões foram clássicas e claras: “empresas não têm personalidade e nem ideologia ou consciência política, não sendo capazes de eleger ou votar, então não há motivo para que participem do financiamento de campanhas políticas de partidos ou políticos”. Isso não é claro? Foi aventado, ainda, que esse sistema de financiamento cooptava políticos e criava dívidas que prejudicavam sua independência em relação à sua atuação. Isso nõa é compreensível?

Então a saída seria acabar com o financiamento de campanha política, para garantir a liceidade e moralização do sistema eleitoral. E por que O Globo fica contra isso? Porque as empresas, agora, perderam o principal instrumento de fazer leis somente em seu benefício. Sem financiamento de campanha por empresas, nõa é possível o Brasil virar os EUA, por exemplo. Lá é uma oligarquia em que grandes conglomerados econômicos mandam no Congresso e na Presidência da República norteamericana. Sem o financiamento privado de campanha através de empresas, isso fica mais difícil de ocorrer aqui.

Veja outro trecho  com premissas erradas de Noblat:

“O alijamento, pelo Supremo, das empresas como fontes de financiamento de campanhas criou grande desbalanceamento nas finanças da política. O que era previsível, dado o encarecimento crescente dos orçamentos eleitorais.”

Por quê? A decisão do Supremo não desequilibrou a finança política, mas colocou premissas constitucionais e lógicas de participação em campanhas políticas na direção correta, segundo a nossa Constituição. Por que que as campanhas têm que ser cada vez mais caras se há a internet?!?! Veja que Noblat trata como fato consumado “o encarecimento crescente dos orçamentos eleitorais”.

Isso é uma mentira. Não é necessário que seja crescente. Com a decisão do Supremo, pode ficar decrescente. O debate ficará mais simples e mais honesto entre candidatos. Menos filmes de propaganda e mais exposição dos candidatos defendendo pessoalmente suas ideias e os programas de seus partidos.

Mas não para o Noblat e o Globo.. por quê? Eles querem orçamentos crescentes de campanha, pois isso garante mais serviço de comunicação durante as campanhas eleitorais, aumentam sues faturamentos e previsões de faturamentos, vendendo espaço de propaganda em jornais e priorizando notícias a serem publicadas em suas colunas. Noblat e o Globo são prejudicados em suas perspectivas de recebimento de valores com o financiamento integral público de campanhas.

E aí atacam a decisão do STF e dizem que com aumento de valores do financiamento público de campanha não é aconselhável conosco nesta crise.  E ainda teve o Noblat a coragem de dizer que essa decisão do STF aumentará o caixa 2!! AUHAUAHUAHUAH COmo se se precisasse desta devccisão do STF para se aumentar o caixa 2!!!

Eu quero que vocês vejam a manipulação de premissas neste artigo e editorial. Como eles defendem algo: financiamento privado de campanha. Vejam que realmente a grande mídia não está nem aí para construir um país melhor ou um sistema eleitoral mais honesto e mais econômico. Querem manter fluxo de dinheiro em campanhas porque isso chega a seus bolsos. É triste. É importante desmascarar, porque muitas vezes escrevem coisas menos descaradas e que parecem que têm interesse no que é melhor para o país, mas isso não é verdade.

A verdade é que mentem e manipulam. Ficamos muito decepcionados com isso.

E com base nesses interesse pessoais e empresariais, atacam os valores destinados ao financiamento público de campanha que subiu de 330 milhões para 890 milhões. Subiu justamente porque o STF determinou excluir as empresas do financiamento, tonando o processo eleitoral mais honesto e menos caro. Então, esse aumento foi para compensar bilhões de reais que pararão de entrar no caixa de partidos. Então foi ótimo esse aumento!!!!

Esse aumento evita bilhões em dívidas de partidos a empresas. E essas dívidas é que são o cerne de toda ou a maior parte da corrupção política no país!! A operação lava-jato, o processo do mensalão petista, do mensalão pemdbista e do DEM, e do trensalão psdbista em São Paulo, tudo isso tem dívidas de campanha de políticos e partidos com empresas por trás!!!!!!!

O financiamento público de campanha praticamente acaba com isso ou evita em grande parte essa mecânica malévola. Talvez um bilhão de reais ao ano do orçeme4nto público evite 40 bilhões de reais de roubo anualmente dos cofres públicos e de estatais para pagar dívidas de campanhas de políticos e partidos com empresas que os financiaram!!

Aí perguntamos: então por que o Globo e Noblat querem tanto financiamento privado de campanha?!?!? Interesse nas campanhas políticas, gente. E interesse em que empresas possam ter esse instrumento de barganha com políticos. O financiamento público de campanha faz com que o político possa exercer seu mandato somente para defender o direito daqueles que votaram nele, ou seja de cidadãos.

Então, ao invés de Noblat e o Globo dizerem que o orçamento de campanhas poderia ser mais barato, defendem que seja real que tenha de ser sempre crescente. Isso legitima o pleito de políticos por mais verba pública para o financiamento de partidos. Então eles criticam isso porque é “descaso com o dinheiro público”. E sugerem, sem seguida, que deva ser flexibilizada a regra de financiamento de campanha, o que está em debate para alterar a constituição, para fugir da decisão do STF.

Que nojo! Desprezível! Mas está publicada a crítica atenta do Blog Perspectiva Crítica.

Financiamento público de campanha é ótimo. Mesmo que exigisse (mas não exige) 3 bilhões de reais anuais, seria barato em razão do que afastaria de roubo do orçamento e de estatais para pagar ilicitamente dívidas lícitas (caixa 1) e ilícitas (caixa 2) de campanhas de partidos e de políticos. Mas as campanhas não deveriam ser caras e nem de “orçamento crescente”.

Os partidos que se virem com o fundo partidário em 890 milhões de reais, o que já é muito. Diminuam suas máquinas. Empreguem menos boquinhas e familiares na máquina do partido. Sejam eficientes. E sejam criativos e façam campanhas mais baratas e sem peripécias cinematográficas.

E que o Globo e Noblat não visem ter mais contratações milionárias para publicar material de campanha pagas com dinheiro de empresas. Foquem em publicar sobre a campanha política que vier, com as verbas disponíveis em mercado, e atentas pra ajudar no debate democrática e ganharem dignamente com isso! Esqueçam a grana bilionária de campanhas políticas pagas por empresas bilionárias!!!! Parem de incentivar que cresçam os custos de campanhas políticas e exijam campanhas mais baratas!!!! Isso seria mais democrático, digno e honesto!

- PUBLICIDADE -

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui