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Qual é o jogo social? Como eu venço o jogo social?

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Qual é o jogo? Como eu venço o jogo social?

Senhoras e senhores, este tema já foi tangenciado ou introduzido pelo nosso artigo “A guerra pelo PIB” (http://www.perspectivacritica.com.br/2011/07/guerra-pelo-pibde-que-lado-voce-esta.html), mas é importante haver diversas abordagens porque a construção ou desconstrução da ideia de lados em nossa sociedade é introduzida metódica e relutantemente, diariamente, pelo mercado financeiro (nacional e internacional) e pela grande mídia e é quase impossível competir com essa produção de informação de qualidade e quantidade.

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Eles falam para você de esquerda x direita; empregados x empregador; PT x PSDB, capital x trabalho… tudo ultrapassado. Tudo subterfúgio. Tudo é pano de fundo para o que realmente acontece nos bastidores e que a você é proibido mostrar, POIS, SE ISSO ACONTECER, VOCÊ E SUA FAMÍLIA, SEUS AMIGOS E TODAS AS PESSOAS DE BEM GANHARÃO O JOGO. Para garantir o máximo de qualidade de vida a você, à sua família e a nossa sociedade brasileira, por favor, não deixe de ler este artigo.

Qual é o jogo social? O jogo social não é ter o Estado mais eficiente. O jogo social não é criar mais ou menos emprego. O jogo social não é nada do que você lê no jornal e nada do que políticos e analistas de mercado que publicam em jornais da grande mídia dizem. O jogo social, na prática, e peço a sua ajuda para que você fique atento a estas palavras, é um só: O JOGO SOCIAL CHAMA-SE: “QUEM FICA COM O ORÇAMENTO PÚBLICO”.

A pergunta “para que ficar com o orçamento?” é outra e responderemos em parte aqui e talvez com continuação em outro artigo. Vamos entender o jogo que ninguém explica e só “think tankers“, o mercado financeiro, a grande mídia, CEOs de grandes empresas multinacionais, Diretores e Professores das maiores universidades do mundo, Ministros de Estados, Presidentes dos países ricos sabem, assim como a elite política e financeira de nosso país.

Só existem algumas poucas classes de jogadores que jogam esse jogo: (A) O CIDADÃO; (B) O MERCADO FINANCEIRO (NACIONAL E INTERNACIONAL); (C) GRANDES EMPRESAS; (D) PEQUENAS EMPRESAS; (E) POLÍTICOS E (F) SERVIDORES PÚBLICOS. Como todo modelo esquemático, a simplificação é necessária, mas, a grosso modo, esses são os jogadores.

É importante você entender que tudo o que se fala em política e economia deveria ser para se construir um país melhor, mas esses personagens têm visões diferentes do que é um país melhor, e normalmente a visão é egocêntrica e até egoísta, o que de certo modo é natural e até inevitável, tendo acontecido em todas as sociedades organizadas no mundo desde a Antiguidade (mantive o trema para enfatizar a ideia de antigo.. rsrs)

Os nobres romanos antigos, no início da organização de Roma, chamados de patrícios, organizavam-se de forma a carrear bens a si e suas famílias e sua classe e somente uma revolta dos plebeus que abandonaram a cidade gerou a Lei das XII tábuas que instituiu direitos maiores aos cidadãos mais pobres. E é assim, cada grupo puxando para cá e para lá que a sociedade evolui (alguns diriam involui… rsrs), desde então.

Na idade média, o abuso do Rei inglês João Sem Terra gerou a Carta Magna em 1215, em que os nobres limitaram o poder do Rei para deixarem de sofrer abuso, em especial tributário, pelo Poder real.

Na época das Luzes, século XVIII, as revoltas com as péssimas condições de vida do povo contrastantes com a vida opulenta do rei e nobres franceses gerou a Revolução Francesa, destituindo a monarquia e instituindo a república francesa, com mais igualdade de direitos entre todos os cidadãos franceses.

O abuso de taxação de ingleses sobre os colonos das treze colônias americanas gerou revolta que terminou com a Revolução Americana e a independência da América do Norte, instituída como República Federativa ou uma Federação Republicana.

A grande diferença desses períodos para os dias de hoje é que naquela época era possível saber de pronto quem estava do seu lado e quem estava do outro lado. Hoje isso não é possível, sem um questionamento crítico mínimo. E ainda é mais difícil porque um grupo de classes que estão do mesmo lado domina a massa de informações que é disseminada na sociedade e através dessa máquina cria consensos em sociedade sobre temas que ajudam direcionam os fatos e atos políticos no nosso país, assim como em outros países subdesenvolvidos e nos EUA e em boa parte dos países europeus.

Esse direcionamento visa, como antes, a direcionar os orçamentos públicos ao bolso desse grupo de classes predominantes através dos mesmos meios, em todos esses lugares. Mas a intensidade como isso ocorre em malefício dos cidadãos difere em cada país mencionado. Por quê? Abordaremos aqui brevemente também, adiantando que a maior educação média dos europeus e nórdicos, a menor desigualdade social, principalmente por alto salário mínimo, bem como uma ampla rede de assistência social e médica pública e gratuita e assistência previdenciária pública contribui para europeus e nórdicos não serem tão facilmente manipulados como os brasileiros são por tais argumentos.

Assim, já sabemos que o jogo é se apropriar do orçamento público. Ótimo. Todos sabem o que querem, mas os que menos sabem o que e como fazer são dois grupos próximos que pouco se falam como entidades e pouco se reconhecem: CIDADÃOS e SERVIDORES PÚBLICOS.

O GRUPO VENCEDOR E PREPONDERANTE HOJE NO BRASIL É A COLIGAÇÃO GRANDE MÍDIA (grupo de grandes empresas de mídia) – MERCADO FINANCEIRO – GRANDES EMPRESAS.

A classe PEQUENAS EMPRESAS tem interseções de interesses com grandes empresas e cidadãos, mas não tem ideia de sua real interseção de interesse preponderante com a classe dos cidadãos e servidores públicos, que também são cidadãos. O que afeta a renda e qualidade de vida do CIDADÃO, incluindo o servidor público, por óbvio, mais intensamente afeta a renda e prosperidade das PEQUENAS EMPRESAS do que das GRANDES EMPRESAS, incluindo a GRANDE MÍDIA e BANCOS.

A classe POLÍTICOS é uma classe meio. Ela é constituída de pessoas que defendem interesses das outras classes na arena em que se decide quem ganhou cada round de luta. A cada batalha vencida por um lado, o orçamento público vai mais para o bolso de uma ou outra classe, seja, cidadãos, servidores públicos, políticos, grandes empresas, mercado financeiro, pequenas empresas e grande mídia.

A classe GRANDE MÍDIA também é uma classe meio, pois ela cria o ambiente favorável ao apoio pelos CIDADÃOS às medidas políticas, econômicas e administrativas que devem favorecer o grupo de classes que ela apoia (GRANDES EMPRESAS E MERCADO FINANCEIRO). Então é uma classe que trabalha por si, enquanto grande empresa, mas ela também é uma classe meio ou instrumental de outras classes, assim como o é a classe POLÍTICOS.

A classe SERVIDORES PÚBLICOS também são uma classe meio, mas em sentido específico. Essa classe presta serviço público. Esta classe existe a partir de cargos públicos criados por lei e que devem ser preenchidos por cidadãos. Como veremos, na estratégia do JOGO SOCIAL, os servidores públicos são um meio de os CIDADÃOS aumentarem sua participação no ORÇAMENTO PÚBLICO de duas maneiras, quais sejam, (1) recebendo serviços públicos gratuitos (saúde, educação, assistência social e segurança, por exemplo), somente pelo imposto pago, bem como (2) sendo seus cargos uma opção de emprego à classe dos CIDADÃOS, fazendo concorrência pela sua mão-de-obra com a área privada, em benefício da classe CIDADÃOS e prejudicando a classe GRANDES EMPRESAS, MERCADO FINANCEIRO e, um pouco menos, a classe PEQUENAS EMPRESAS. Voltaremos ao tema.

Entendidas as classes que jogam o jogo, como elas atingem seus objetivos de aumentarem sua participação no ORÇAMENTO PÚBLICO? Como se ganha o jogo?

É claro que ganhar o Orçamento Público não significa que o dinheiro do Orçamento irá pura e simplesmente para o bolso da classe por nada. A PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO OU A NÃO PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO É A GRANDE CHAVE QUE GERA A TRANSFERÊNCIA DO ORÇAMENTO PÚBLICO ENTRE AS CLASSES.

Como a riqueza do cidadão é maior dos países nórdicos? O salário mínimo é alto. Eles não pagam plano de saúde e nem  precisam pagar pela sua educação, sendo os filhos de operários colegas de turma dos filhos de milionários. Vejam bem: a existência de serviço público satisfatório faz com que o nórdico não precise gastar seu salário com plano de saúde e escolas ou segurança privada. Assim, todo o seu salário é gasto em compra de casa, alimentação, lazer, viagens e compra de carro ou eletrodomésticos.

Observe que para que tenham serviços públicos satisfatórios eles têm até três vezes mais servidores públicos por habitante do que no Brasil ou EUA. Enquanto somente 11% dos trabalhadores brasileiros são servidores públicos, nos EUA eles são 15% e na Dinamarca eles são 39%. O salário desses servidores são altos (salário mínio na Dinamarca equivale a R$5.000,00 e somente 10% dos seus cidadãos ganham esse salário mínimo) e, portanto, além de o Estado Nórdico ter mais imposto pago por servidor público empregado do que o Brasil, atrai bons servidores porque o salário é bom e gira a economia local com esse salário alto.

Então eles têm mais servidores, os quais ganham bem e prestam bons serviços públicos aos cidadãos nórdicos e os fazem economizar uma fortuna anual com o pagamento de educação e plano de saúde. Isso significaria quanto no seu orçamento mensal? É isso o que eles têm e nós no Brasil não temos. Assim os nórdicos obtêm muito mais participação na riqueza nacional do que o cidadão brasileiro. Assim os nórdicos se enriquecem ano a ano de fato e não com base na aposta em políticas econômicas que prometem dar efeitos nos próximos 30 anos que nunca chegam.

Então, vimos um exemplo de como os nórdicos enriquecem e nós somos empobrecidos. Como isso ocorre no Brasil? Por que empobrecemos? Vejam, já explicamos no artigo “A Guerra pelo Pib” que estas classes têm interesse próprios e que todos têm interseções. O grupo organizado, Grande Mídia – Mercado Financeiro – Grandes Empresas, publicam sobre um tema de interseção em que todos ou grande parte das classes tenham interesse, obtêm consonância de visão geral sobre o tema e publicam massivamente isso pela Grande Mídia para obter o consenso, em especial o apoio da classe CIDADÃOS, que são os únicos que votam e definem quem serão os políticos e, portanto, mais á frente, as políticas que aumentarão a riqueza do grupo Grande Mídia – Mercado Financeiro – Grandes Empresas.

Por exemplo, falam em pagar “MENOS IMPOSTOS”. Todos querem pagar menos impostos, então, este tema é massificado com o argumento legitimador de que se o Estado for mínimo, menos impostos serão pagos. Com essa introdução, evoluem para o corte de servidores, que são minoria de 10% de todos os trabalhadores do país. Mas não dizem que menos impostos significam menos dinheiro gasto na prestação de serviços públicos. Que menos servidores públicos significam menos prestação de serviço público e, portanto, menos Estado significa menos prestação de serviço público por imposto pago e mais necessidade de o CIDADÃO pagar por serviços privados que não obterá do serviço público. Isso empobrece o CIDADÃO, mas é dito que isso aliviará seu bolso, o que imediatamente é fácil de observar, quando se pagar menos imposto, naturalmente.

O nórdico não passa por isso. Ele tem mais servidores públicos e por isso gasta menos com prestações de serviços privados em saúde e educação, enriquecendo-se mês a mês.

Com o argumento de AUSTERIDADE e, por consequência, Estado Mínimo, se enriquecem mais e mais o mercado e as empresas ligadas a políticos, porque serviços públicos nunca deixarão de ser prestados, mas podem ser terceirizados, contratando-se Organizações Sociais ou Organizações Não-Governamentais que prestarão o serviço público. Portanto, ao diminuir o Estado, na verdade você está desempregando CIDADÃOS que são SERVIDORES PÚBLICOS que recebiam dinheiro do Orçamento Público, mas que agora não recebem mais. Este dinheiro agora irá para as EMPRESAS e POLÍTICOS, pois as EMPRESAS substituirão os SERVIDORES PÚBLICOS e o dinheiro do orçamento público passará a ir para as empresas, já que sempre lucram ao prestarem serviços, pagando menos, muito menos, ao CIDADÃO empregado por elas.

Com o fim dos servidores públicos, as EMPRESAS também não precisam concorrer com o Estado por CIDADÃOS, já que estes somente poderão se empregar nas EMPRESAS. Cria-se assim mais reserva de mercado de trabalho, mais desemprego e salários mais baixos. Assim, GRANDES EMPRESAS- BANCOS-GRANDE MÍDIA conseguem levar os SERVIDORES PÚBLICOS a competirem com os CIDADÃOS por seus empregos na área privada. Isso é bom para quem? Rsrsrs.

O argumento de AUSTERIDADE também gera o assalto ao orçamento através de altos juros básicos. Observe, quem é o presidente do banco Central hoje? Ilan Goldfajn, Economista Chefe e Sócio do Banco Itaú. Você concebe que este homem com currículo invejável, adotará e executará política econômica de forma isenta para o bem do país ou seguirá uma cartilha que possa aumentar o lucro de bancos nacionais e estrangeiros? Bem, assim sendo, a política econômica brasileira manteve juros de 14,25%, mesmo durante longo período em que todos os sinais de inflação caíam, durante fins de 2016 e início de 2017, somente vindo a caírem os juros quando até mesmo o mercado financeiro pediu a queda por meses.

Esta conta de juros do Brasil chegou a ser em 2016 de mais de R$400 bilhões de reais ao ano. Já chegou a R$500 bilhões de reais ao ano, mais do que todo o orçamento público da saúde!! Isso é a forma de os bancos se apropriarem do orçamento público em detrimento da melhora de serviços públicos, o que enriqueceria a classe dos CIDADÃOS, como acontece na EUROPA e nos países nórdicos.

Havia opção ao Presidente do Banco Central? Sempre houve. Aumentar depósito compulsório, diminuir prazo de contratos de empréstimos bancários e exigir mais dinheiro próprio dos bancos nas operações de crédito são exemplo de instrumentos que controlam a inflação sem aumentar custo do orçamento público, mas diminuem lucros bancários pois diminuem suas operações e dinheiro disponível para suas operações. Mas nosso Banco Central não faz isso. O Banco Central Chinês faz. Mas o nosso não pode.

A Grande Mídia, por exemplo, foi contra o fim do financiamento privado de campanha política. Por quê? Porque esta decisão do STF fez sumir uma fonte nababesca e bilionária de contratos privados para propaganda eleitoral pagas às empresas da GRANDE MÍDIA. Não foi debate de “o que é melhor para o processo democrático”.

O financiamento privado de campanha política e partidos é essencial para a criação de uma oligarquia empresarial como a que existe nos EUA, pois os políticos financiados pelas empresas ficam reféns de seus interesses. Com esse exército de reféns POLÍTICOS, as Grandes Empresas (incluída a Grande Mídia) e o Mercado Financeiro podem aprovar medidas administrativas, econômicas e legislativas que as beneficiem, sempre se apoderando do Orçamento Público.

Por exemplo, Roberto Civita, da Editora Abril, expandiu suas atividades da Mídia para colégios, como o pH (veja nosso artigo “O prelúdio do fim da isenção da Grande Mídia: a “diversificação de investimentos” , em https://perspectivacritica.com.br/o-preludio-do-fim-da-isencao-da-grande-midia-adiversificacao-de-investimentos/). O PH venderá apostilas para o Município do Rio de Janeiro? Observe que o FMI está financiando a privatização de escolas e hospitais públicos e isso significa que o Orçamento Público que ia para esses órgãos irá para as Empresas. A venda de apostilas para órgãos públicos vem crescendo (veja o artigo “livro ou apostila?”, da Revista Época em http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI179491-15228,00-LIVRO+OU+APOSTILA.html).

Não queremos dizer que somos principiologicamente contra alterações na estrutura do Estado, mas queremos que você veja como essas alterações geram sempre a transferência de recursos do orçamento do ESTADO ou dos CIDADÃOS para as EMPRESAS e não o contrário.

Um lindo exemplo é o da CPMF e do aumento do IRPF. A GRANDE MÍDIA, as EMPRESAS e o MERCADO FINANCEIRO foram terminantemente contra a volta da CPMF, certo? Os CIDADÃOS, SERVIDORES PÚBLICOS e todas as classes aqui mencionadas pagariam 0,38% ou menos do que movimentassem no banco, certo? Com a pressão, nada disso passou. Mas está para passar o aumento de IRPF de 27,5% para 35%!!! Você trabalhador e servidor, CIDADÃO, só movimenta no banco o seu salário. Ia pagar 0,38%, mas agora pagará 8%. Mas as empresas nada pagarão, porque não haverá aumento no IRPJ e nem a volta da CPMF!!!! Entendeu?!

A mídia não bateu quase nada no aumento do IRPF, mas fez campanha contra a volta da CPMF e aumento de IRPJ. Você embarcou na campanha da CPMF e foi convencido a apoiar as EMPRESAS – MERCADO FINANCEIRO – GRANDE MÍDIA e acabou como patinho. É isso o que sempre acontece. Alguém tem que pagar. Não serão as empresas, mercado financeiro e a grande mídia. Será sempre você, enganado pelas campanhas da Grande Mídia. Veja detalhes em nosso artigo “Como você pode vir a pagar mais de 2100% o valor da CPMF e ainda bateu palmas para isso”, acessível em https://perspectivacritica.com.br/como-voce-pode-vir-a-pagar-mais-de-2100-o-valor-da-cpmf-e-ainda-bateu-palmas-por-isso/.

O artigo pode até não ter fim, se formos tecer muitas considerações sobre muitas mais hipóteses. O objetivo do artigo é criar uma fagulha de curiosidade em você e reforçar e municiar todo aquele leitor que já via essa movimentação.

O objetivo é fazer você ver que a manipulação de fatos, hoje de forma exitosa, pelo GRUPO GRANDE MÍDIA-MERCADO FINANCEIRO-GRANDES EMPRESAS e a criação de bandeiras (AUSTERIDADE, Estado Mínimo, Meritocracia e Eficiência do serviço público com terceirizações) são termos manipulados para criar oportunidade para esse grupo avançar sobre o Orçamento Público em detrimento a você e sua família, em detrimento, SEMPRE, à classe dos CIDADÃOS.

A perda de direitos trabalhistas com a atual reforma trabalhista, a tentativa de fazer o brasileiro se aposentar com 69 anos!!! 69 anos!!! Vejam que no Japão a aposentadoria será aos 68 anos,.. em 2025!!!!! Tudo isso não visa a tornar o Estado eficiente e o mercado econômico melhor. Tudo isso visa a diminuir o Orçamento Público. Tudo isso visa a diminuir os gastos que AS GRANDES EMPRESAS (incluída a GRANDE MÍDIA) e BANCOS têm que pagar, para somente aumentar seus lucros e sua participação na riqueza do País.

Tira-se a aplicação e destinação do Orçamento Público ao CIDADÃO e vai para onde? Para o bolso de BANCOS e GRANDES EMPRESAS. Toda a diminuição de impostos e taxas de grandes empresas tem que diminuir benefícios, previdência, assistência social.

O movimento desse grupo não é ilegítimo. Mas você querer aumentar sua participação no Orçamento Público e na riqueza nacional também não é. Veja isto.

Veja o caso do Rio de Janeiro. Cabral, integrante da classe dos POLÍTICOS, junto com outros, está sendo acusado de deferir isenções tributárias estaduais de mais de 137 bilhões de reais. Quebrou o Estado. A alegação de fundo era estímulo ao empreendedorismo, criação de empregos, diminuição de carga tributária. O que ocorreu de fato? Transferência do Orçamento Público do Estado, do SERVIDOR PÚBLICO e do CIDADÃO para as EMPRESAS e para os POLÍTICOS. TRANSFERÊNCIA DE ORÇAMENTO PÚBLICO. E hoje o Estado está quebrado, sem pagar SERVIDORES PÚBLICOS, os quais significam 25% da riqueza do Estado e, portanto, as EMPRESAS (principalmente pequenas) também estão sofrendo com esta perda de renda e os CIDADÃOS idem, com a diminuição de prestação de serviços públicos, mais greves, menos atendimentos médicos, etc…

AUMENTAR salário de professor e médico. Pode? Não pode, considerando-se o argumento da AUSTERIDADE. Mas isso poderia te livrar de pagar escola particular a seu filho e plano de saúde.

Não importa o que pode ou não pode hoje. Não importam as alterações políticas e administrativas que deveriam ser feitas. Entenda que o JOGO SOCIAL é somente um: “Quem vai ficar com o Orçamento Público?”. Que gasto do orçamento público é interessante a mim e minha família? Que aprovação de lei me enriquece no longo prazo e não só no curto prazo? Quem se beneficia desta lei ou aquela, desta política econômica ou aquela? Nós queremos ser como os EUA ou como a ALEMANHA, FRANÇA e os PAÍSES NÓRDICOS?

Saiba e acostume-se com o verdadeiro jogo social. Veja além das reportagens e das campanhas de ocasião da grande mídia. Entenda o que te enriquece. Discuta a Administração Pública e a gestão de recursos humanos na Administração Pública. Não se iluda. Não relaxe. O preço por seguir as manchetes de jornal é a sua qualidade de vida e de sua família. Apodere-se do Estado Brasileiro e de seu Orçamento Público. Vença o verdadeiro Jogo Social.

Estaremos sempre contigo nessa jornada. Enriquecer o cidadão levará ao enriquecimento mais sustentável a longo prazo de todas as EMPRESAS, grande ou pequenas. Os bancos também enriquecerão, mas menos do que conseguem a curto prazo, hoje, com a dominação do argumento econômico que a cada dia transforma mais o Estado Democrático de Direito no Brasil (focado nas pessoas) em mero Estado Financeiro-Orçamentário (focado em premissas puramente econômicas).

P.s. de 22/11/2017 – Texto revisto e ampliado.

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