O movimento dos 240 mil já teve um ótimo resultado!!!
O Prefeito Fernando Haddad informou ontem que na Europa o custo do transporte público é rateado em sociedade da seguinte forma: 1/3 para o Estado; 1/3 para a empresa e 1/3 para o cidadão. Esse terço que é a participação do cidadão pareceu a mim que é o preço da passagem pago pelo cidadão, mas pode estar incluído algum tributo pago pelo cidadão e direcionado especificamente para os transportes. Como imposto direcionado aos transportes me parece a participação do Estado, o terço de peso para o cidadão me pareceu que seja realmente a passagem.
No Brasil, segundo o Prefeito de São Paulo, o custo do transporte público é rateado em sociedade da seguinte forma: 10% para empresa, 20% para o Estado e 70% para o cidadão!!!!
Fantástico!! Aparentemente seria possível diminuir o peso ao cidadão brasileiro à razão de 50%, distribuindo 10 pontos percentuais para o Estado e vinte pontos percentuais para a empresa.
Observem, nunca se discute o nível de lucratividade das empresas que exploram os serviços de transportes. Até mesmo ontem, quando Sardenberg falou sobre a possibilidade de se diminuir o preço de passagens, ele disse que era possível desde que: (a) diminuíssem custos do Estado (sim, claro.. rsrsrs); (b)tranferissem investimento ou gastos em um setor ou programa para o subsídio de passagens; (c) diminuíssem tributos incidentes sobre diesel e o serviço de transporte coletivo de pessoas; ou (d) se se aumentassem tributos para bancar esse subsídio às passagens. Em nenhum momento se falou em dimiunuir o lucro do empresário!!! Em nenhum momento se falou em aumentar a participação do peso dos custos da passagem para a empresa concessionária e exploradora da atividade pública de transporte coletivo de pessoas. Por quê?
Não sou contra o lucro. Eu sou a favor do lucro. Não existe atividade econômica, empresas, empregos, sem a possibilidade de auferir-se lucro. Isso mostra a sustentabilidade em sociedade da permanência de tal atividade ou prestação de serviço. Até serviço público deve ser sustentável e o orçamento do Estado deve demonstrar-se sustentável.
Mas por que na Europa o custo do transporte público é custeado na base de 1/3 para empresa, 1/3 para o Estado e 1/3 para o cidadão e aqui essa razão é de 1/10 para empresa, 2/10 para o Estado e 7/10 para o cidadão? Por falta de questionamento sobre isso pela população!!!! Esperamos que isso mude!!
Excelente resultado da passeata. Só saber que somos explorados pela prestação de serviço público de transporte público pelas concessionárias que têm direito de custear três vezes menos (ou seja lucrar três vezes mais) do que as empresas equivalentes na Europa, já é uma baita informação que merece atenção e um baita fato que merece correção!!
E se essa correlação de dados apresentados pelo Prefeito de São Paulo e analisado superficialmente pelo Blog estiver correta, a queda dos custos de 7/10 para 33% sobre os ombros do cidadão poderia gerar um corte de 50% no valor das passagens!!! Será?!?!?!?!