Pessoal, está ocorrendo muito acesso sobre bolha imobiliária, assim, para facilitar, vou colocar abaixo os três blogs especializados no tema que estão adotando link com esse blog. Acho que são um caminho mais curto para acesso a informações específicos sobre este tema. São eles:
http://www.bolhaimobiliaria.com/
http://forum.investidoragressivo.com/viewtopic.php?p=75721
www.bolhabrasilia.blogspot.com
E os meus artigos que falam especificamente sobre o tema são:
“Reconhecimento da bolha imobiliária – demorou, mas chegou” – Publicado em 18/10/2010
“Bolha imobiliária no RJ em 2010” – 05/07/2010
“Notícia do Blog da Míriam Leitão: China adota medidas para conter valorização do setor imobiliário” – 13/07/2010
Agora, senhores, é muito importante a noção macroeconômica e de opções de investimento para os grandes capitais. Como os valores de imóveis no RJ estão bem altos, naturalmente terão que arrefecer, nos termos já descritos nos artigos deste blog. Agora, pode piorar? Pode. Como?
Se a Europa entrar em queda econômica mais uma vez (formação em “W”), afastando a hipótese de formação em “V” ou em “U”, para a retomada econômica e de mercados, o que acontece? Os capitais não se sentirão seguros de circular na forma de dinheiro ou ações. Nesta hipótese, a saída é sempre dólar (ainda é referência e ainda vai ser por um tempo, com certeza), ouro ou imóveis.
Então, EUA e Europa com alto desemprego, dificuldade de retomada de vigor financeiro-econômico, dificuldade em diminuir relação dívida/pib, inflação, dificuldade de diminuir déficit fiscal, tudo isso afugenta, a princípio, os capitais de ações, fundo de ações, títulos de dívida de países com más finanças, para bens reais e/ou poupança (último refúgio financeiro).
No sentido contrário, diminuição de desemprego, aumento de índices de confiança do consumidor, inflação sob controle, diminuição de relação dívida/pib, diminuição de déficit fiscal, crescimento econômico, a princípio atraem capitais alocados em bens reais para o mercado financeiro, ou seja, bolsas de valores, fundos de risco, sistema produtivo, títulos de dívida pública em geral.
Se houver aumento da crise econômica, haverá um novo ciclo de leve alta (leve porque a alta até agora já foi muito alta). Mas isto tem chance pequena, segundo vejo, de acontecer. E mesmo que aconteça será por pouco tempo. Assim, pelo que se configura até agora, todos os parâmetros das minhas análises nos artigos acima citados se mantém intactos para mim.
O risco de guerra cambial entre países entra como elemento e novo ingrediente dessas variáveis. Como ela afetará a capacidade de recuperação econômica americana e européia? É isso que tem que ser acompanhado. No final, e isso é que é importante, tudo desemboca na análise de relação dívida/pib, déficit fiscal, aumento ou queda de desemprego, os quais influenciam o aumento ou queda de renda do trabalhador, aumento ou queda de poupança/endividamento, aumento ou queda de investimento (público/privado), crescimento ou queda da economia. Em linhas gerais é isso.
Se tudo estiver em compasso de normalização, mesmo com indicadores econômicos ruins para Europa e EUA, o tempo já começará a melhorar e os fundos ficarão tentados e pressionados a arriscar… o dinheiro volta para Bolsas de Valores e para o Mercado de Capitais em geral. Isso desinflará os mercados de bens reais.
Vamos ver.