Em menos de 6 anos de existência o Perspectiva Crítica ultrapassa a barreira dos 210 mil acessos gerais!
No mês de janeiro de 2016 alcançamos o recorde de mais de 8 mil acessos mensais, a despeito de mantermos a médica de entre 4 e 5 mil acessos mensais.
Compartilhamos esta entusiasmante notícia. Seguimos fazendo o que podemos de melhor: analisar dados políticos, econômicos e sociais sob a perspectiva do cidadão, pessoa física. Isto é necessário porque enquanto os bancos têm a Febraban e a grande mídia, enquanto as indústrias têm a CNI, FIESP e FIRJAN e uma parte da mídia e enquanto o setor do comércio tem a CNC e menos mídia do que os dois acima, o cidadão não têm um centro de pensamento sobre os fatos sociais, políticos e econômicos sob sua perspectiva e não tem qualquer mídia que lhe defenda as perspectivas naturais de pessoa física, sob a perspectiva do indivíduo, cidadão.
Nós tentamos diminuir, aliado à rede de blogs sociais, a mídia social, esse fosso de informação. Somente a organização da informações sob a perspectiva do cidadão poderá habilitá-lo a ter o poder necessário a agir em sociedade de forma a não ser conduzido pela mídia financeira, industrial ou mercantil.
Também, somos complemento à mídia política. Não somos mídia partidária ou política. Nosso objetivo é criticar artigos de jornal que sejam desinformativos e inovar na pauta de informação social para fazer valer a perspectiva do cidadão em sociedade.
Assim, fazemos perguntas diferentes e procuramos dados, os mesmos usando pela mídia tradicional, para responder essas perguntas diferentes. A grande mídia diz que a crise econômica é política? Sim. Em parte é. Mas perguntamos em que medida a crise econômica poderia ser impedida com a queda do petróleo aos mais baixos níveis históricos, juntamente com o minério de ferro, juntamente com os mais baixos níveis de crescimento mundial e o mais alto nível de endividamento das famílias brasileiras.
A mídia informa que o gasto de 260 bilhões de reais ao ano é o problema fiscal para um orçamento deficitário em 100 bilhões de reais no anos de 2016? Perguntamos por que pagamos 14,5% de juros, ou seja, 600 bilhões de reais por ano se a previsão de inflação esse ano está em 7,2%, o que dá 7,7% de juros reais aos investidores e bancos, enquanto a média de pagamento de juros reais efetuado por países emergentes é de 2,5%. Deveríamos estar em 9,5% e isso economizaria 200 bilhões de reais. O déficit de 100 bilhões seria um superávit de 100 bilhões. E servidores prestam serviço à sociedade. Os juros a mais pagos a bancos, não.
Dizem que o serviço público brasileiro está inchado? Pegamos gráficos da OCDE que mostram que os países de maior IDH no mundo possuem até 3 vezes mais servidores públicos em seu mercado de trabalho do que o Brasil. O Brasil tinha, em 2011, 10% de trabalhadores no serviço público (hoje, com 10 milhões de desempregados, o índice mudou temporariamente, mas não temos o dado, que é temporário), enquanto naquele mesmo ano a Alemanha tinha 18% a França tinha 24%, Chile tinha 15%, EUA tinha 15% e a Noruega tinha 35%. Queremos serviços públicos como os desses países. Ok. Mas como fazer isso sem ter mesmo proporção de servidores na economia?
Dizem que servidor é despesa. Perguntamos então porque contratar mais 400 servidores para o Porto de Santos, para que ele funcione 24 horas por dia, pode aumentar em até 1/3 o movimento de cargas naquele porto que detém 10% de todo o comércio exterior brasileiro, ou seja, 50 bilhões de dólares? Pagar talvez 50 milhões de reais ao ano de salário a estes servidores gera aumento de 15 bilhões de dólares, ou seja, 50 bilhões de reais ao ano. Lucro de 49,950 bilhões ao ano. Essa contratação é despesa ou lucro? E quantas mais contas dessas podemos fazer? O Blog fez várias.
Também apontamos excessos na administração pública. Mas não como a grande mídia, que desinforma em massa. Apontamos que 25% dos gastos com a folha de pessoal federal é gasta em Brasília. Como pode? Quando avaliamos, de 200 bilhões de reais gastos com salários pela União Federal, 50 bilhões eram gastos em Brasília!! Como pode uma cidade ter destino de massa salarial de 1/4 do valor gasto para servidores federais (Legislativo, Judiciário e União) que devem estar presentes em todo o País?
Apontamos que o Brasil tem 25 mil cargos em comissão, enquanto a Alemanha tem 600 cargos em comissão e a Inglaterra tem 500 cargos em comissão. É óbvio que isso é para fazer indicações para cargos por troca de interesses entre o Executivo e o Legislativo, o que prejudica a eficiência do gasto público, cria despesa sem necessariamente criar serviço público prestado e ainda contribui para prejudicar a independência do Legislativo em relação ao Executivo. Isso que fazemos é diferente odo que a grande mídia faz demonizando o servidor público que é um instrumento de criação de riqueza para o país.
Enquanto a mídia diz que ter menos servidores melhora a economia, conseguimos demonstrar que a França e a Alemanha foram os países que menos sofreram a crise financeira internacional entre 2008 e 2013, com reflexos ainda hoje, justamente porque eram os países com alta proporção de servidores em suas economias: o fluxo do salário dos servidores públicos alemães e franceses garantiu circulação de renda na economia e a sustentabilidade de milhões de empregos em risco na área privada.
A grande mídia diz que os cargos públicos devem acabar? Mostramos que a existência deles valoriza o salário da área privada. Apenas o serviço público concorre com a área privada pela mão-de-obra do brasileiro, principalmente o brasileiro da classe média educada, mas não só. Com a existência de serviço público bem remunerado e com estabilidade (que existe como prerrogativa do cargo e não como privilégio do servidor), a área privada deve aumentar salários e benefícios para manter seus trabalhadores e não perdê-los para a área pública.
A grande mídia diz que a área privada é a grande criadora de riqueza e empregos? Perguntamos onde estava a iniciativa privada quando foi necessário construir estradas, portos, hidrelétricas, levar luz e a telefonia para todo o país. Tudo foi feito por servidores públicos em com o patrimônio público. Hoje passamos a administração de muitas coisas à área privada e em muitos casos com sucesso, o que é ´[ótimo. Mas desprezar a importância dos investimentos públicos, da energia e inteligência dos servidores públicos na contribuição da construção do país é um crime contra essa parcela da população, desonesto e desrespeitoso, além de mentiroso e manipulador da compreensão dos leitores da grande mídia em relação à verdadeira realidade.
A área privada é importante. A área pública também. E você, cidadão, deve entender essa relação. Deve entende-la para saber se posicionar adequadamente em relação ao que seja melhor para você, independente do que a grande mídia que é contra aumento de salário mínimo, contra opção de emprego (emprego público) para você e sua família), contra a estabilidade de servidores públicos (que há na Alemanha, França, EUA e todos os países civilizados para garantir que o servidor defenda o interesse público sem medo de ser demitido), contra estatais e, aí sim, sempre a favor de mais juros reais para bancos. O que te beneficia. O que te prejudica? É isso sobre o que escrevemos.
Obrigado pela sua audiência. Ela é que nos move a continuar em frente. Repasse tudo que puder a amigos e familiares. Discuta. Pense. Mude. O Brasil é grande porque somos nós. E ele será cada vez maior, quanto maior sejamos como pessoas e cidadãos.
Nossa produção recente está baixa porque estamos finalizando a nova edição do primeiro livro do blogger, O Estado Conformacional, que será lançado em breve, possivelmente em maio, na Livraria da travessa do Shopping Leblon. Todos serão avisados com 15 dias de antecedência por aqui. Haverá palestra prévia ao lançamento, no mesmo dia, em auditório.
Também lançaremos no segundo semestre de 2016, possivelmente em setembro, o segundo livro do Blogger, uma coletânea dos artigos-conceito do Blog Perspectiva Crítica com muitos dados, interpretações da realidade que nos cerca e tudo de forma totalmente independente e nova, como quem lê nosso Blog já está acostumado a experimentar.
Então estamos com muito trabalho que impede uma atividade maior de produção de artigos, mas não nos furtamos a comentar o que de mais importante ocorre. Assim, estamos finalizando o próximo artigo de Análise Econômica Interna e Externa, bem como a análise de Reflexos do Impeachment e uma Carta aos Defensores da Esquerda, que entendemos salutar para entender o momento atual.
Grande abraço a todos.
Perspectiva Crítica