A vida não é o que queremos que seja. Ela é o que é. Acho que neste processo eleitoral algumas coisas ficaram claras: A grande mídia realmente não tem somente o interesse em informar, mas em induzir a compreensão do brasileiro. Mas a mídia não é feita somente de três grandes empresas jornalísticas (Globo, Folha de São Paulo e Estado de São Paulo) e pudemos ter acesso a outras fontes de informação para formarmos nossa opinião sobre quem seria o melhor candidato. MEUS PARABÉNS AO JORNAL DO COMMERCIO E À REVISTA ISTO É, assim como aos inúmeros blogs e sítios eletrônicos políticos, econômicos e jornalístiscos que se multiplicam pelo País.
Essas eleições mostraram que existe mídia independente e honesta com seus leitores. Não vou falar de Carta Capital (que até conseguiu publicar na capa, antes da eleições, que o jornalista Amaury Jr confessou na PF ter contratado a quebra do sigilo fiscal de Serra para beneficiar Aécio!! Excelente!) porque é pró-governo, mas também é fonte (mesmo que parcial como O Globo, A Folha e O Estadão). Agora, o Jornal do Commercio e a Revista Isto É foram imparciais, a meu ver, dignificaram o jornalismo e aliviaram o espírito sofrido deste humilde blogueiro/blogger porque sem eles o meu trabalho comparativo ficava apenas na memória das realizações do governo Lula e na memória das trapalhadas e ineficiência administrativas dos governos psdbistas paulistas.
Mas a oposição ferrenha da grande mídia, que poderia ter declarado voto em Serra e ter sido mais honesta com seus leitores, é muito boa para que não fosse alimentado o mito personalístico de Lula (que entrou para a História do Brasil ao lado de Getúlio Vargas e Juscelino, ao meu ver) e assim nos mantém longe deste desvio democrático. No entanto, acho que neste intento exageraram um pouco.
Estou curioso para ver como se comportará a grande mídia durante o governo da Dilma… espero que seja para informar a população e vigiar excessos, mas que não seja para ficar insuflando o povo contra seu Presidente, pois manchará ainda mais a sua imagem desgastada nessas eleições.
Espero ainda que quando criticarem, apontem se há algum benefício nos atos que criticam, pois é muito difícil acreditar que atos políticos e administrativos sejam efetivados somente para prejudicar a sociedade brasileira. Acho que pela independência da vontade do eleitor, já deu pra perceber que é melhor a mídia exercer seu mister com independência e responsabilidade e não parcialidade e sensacionalismo. O povo brasileiro é crítico. Não nos tratem, inclusive aos mais pobres, como manipuláveis e acéfalos.